DEM e PSDB racham com o governo por novo presidente da Câmara

Eduardo Cunha - Foto: EBC
Eduardo Cunha – Foto: EBC

A tensão entre o governo interino de Michel Temer e parte de sua base aliada vem aumentando nos últimos dias em razão da escolha para o sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados. Contra um candidato ligado a Cunha, PSDB e DEM devem se unir ao PT por uma alternativa a um candidato do “centrão”.

Embora conte com maioria no Congresso, o governo interino depende dos votos do chamado centrão, um bloco de partidos nanicos que nos últimos anos esteve sob o controle de Cunha. A ideia do grupo e do governo era indicar um nome entre os seus para substituir o presidente afastado, cujo destino deve ser selado até o dia 20 de julho pelo plenário da Câmara.

Para evitar um novo Cunha na presidência da Casa, a antiga oposição formada por DEM, PSDB, PPS e PSB pretende fazer uma aliança circunstancial com o PT para eleger um candidato sem ligação com o peemedebista.  Depois que Cunha deixar o cargo, o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), terá cinco sessões para realizar uma nova eleição.

 Para um cacique do governo consultado pelo jornal Folha de S.Paulo, a movimentação “é inadmissível.” “Ou eles fazem parte do mesmo projeto ou não fazem.”

O cerco se fecha contra Cunha. Até Maranhão, antigo aliado, está jogando contra. Ele retirou na manhã de ontem uma consulta feita à Comissão de Constituição e Justiça que poderia beneficiar o peemedebista, uma vez que obrigava a comissão a decidir se o plenário da Câmara teria o direito de votar emendas ao relatório do Conselho de Ética que admitiu seu processo de cassação.


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