As eleições de 20 de dezembro na Espanha tiveram novo perfil. Agregaram o Podemos e o Ciudadanos, partidos políticos recém criados ao cenário político. Mas a nova característica não ajudou o país a consolidar o desejo de mudança dos eleitores. Podemos, Ciudadanos, PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) e PP (Partido Popular) foram incapazes de chegar a um acordo para eleger um chefe do Executivo.
Isso obrigou o rei da Espanha, Felipe VI, a convocar de volta às urnas cerca de 36.518.100 espanhóis, menos de seis meses antes da última eleição. Em seu artigo 99, a Constituição espanhola que, transcorridos dois meses após a primeira votação de investidura, se nenhum candidato tiver obtido a confiança do Congresso, o Rei dissolverá o Congresso e o Senado e convocará eleições, com a autorização do presidente do Congresso.
O atual primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (PP), comunicou ao rei pela terceira vez que apesar da vitória do PP nas eleições, o partido não conseguiu os votos necessários para que o Congresso o elegesse como primeiro-ministro.
Para o pleito de hoje, o partido de esquerda Podemos se aliou a chapa Esquerda Unida (UI) para superar os votos dos partidos tradicionais. Se isso acontecer, significa uma reviravolta histórica sobre a democracia espanhola e sobre a hegemonia dominante na esquerda.
Com informações do El País
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