O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, anunciou nesta quinta-feira (30) o fim da proibição de transexuais nas Forças Armadas.
A medida já havia sido antecipada pela imprensa local na semana passada, mas foi confirmada oficialmente nesta quinta-feira. “Nosso dever é defender o país. Não podemos impedir o recrutamento de pessoas que podem realizar tal missão”, afirmou.
Comissão
Uma comissão trabalhou durante um ano para resolver todos os potenciais problemas que poderiam surgir com a mudança. As Forças Armadas terão até 45 dias para se adaptar, embora reservadamente alguns militares achem que o prazo é muito curto.
Homossexuais declarados já eram permitidos no Exército desde 2011, quando uma decisão revogou a política do chamado “não pergunte, não responda”, mas os transexuais continuaram sujeitos à dispensa.
No país, existem soldados que trocaram de sexo, mas eles não podiam comentar o assunto abertamente e nem tinham direito a serviços médicos relativos à sua condição.
WikiLeaks
O veto a transexuais se baseava na ideia de que esse grupo sofre de transtornos psicológicos. O caso mais famoso de troca de sexo nas Forças Armadas dos EUA é o do soldado Bradley Manning, que, em 2014, mudou seu nome para Chelsea Manning.
Ela cumpre pena de 35 anos de prisão por ter revelado segredos militares ao site WikiLeaks e faz tratamento hormonal para passar pela cirurgia.
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