Ministro da Saúde defende planos com “menor cobertura” para “aliviar o SUS”

Ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), em visita à Faculdade de Medicina da USP - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil - 16.05.2016
Ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), em visita à Faculdade de Medicina da USP – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil – 16.05.2016

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu nesta quarta-feira (6) a criação de uma espécie de plano de saúde mais popular, com custos menores, numa tentativa de “aliviar os gastos” do governo com o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Barros explicou que a proposta consiste em oferecer planos de saúde com menos serviços ofertados do que o que foi definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como cobertura mínima obrigatória. “O que estamos propondo como reflexão é que possamos ter planos com acesso mais fácil à população e, evidentemente, com cobertura proporcional a esse acesso. [Precisamos] ter outras faixas de planos de saúde para que a gente possa permitir que mais pessoas possam contribuir para o financiamento da saúde no Brasil.”

A ideia, segundo o ministro, é que a adesão a esse tipo de plano seja voluntária. “Quando uma pessoa tem um plano, ela está contribuindo para o financiamento da saúde no Brasil”, disse. “Ela participa dos custos de atendimento da saúde. Como os planos terão menor cobertura, parte dos atendimentos continuará sendo feita pelo SUS”, completou.

Resolução ANS

Barros destacou, entretanto, que será necessária a publicação de uma nova resolução, pela ANS, que revise a atual cobertura mínima obrigatória definida para a saúde suplementar. A pasta já entrou em contato com a agência reguladora, mas ainda não houve uma reunião formal para tratar do assunto.

“Essa é uma discussão incipiente. Estou aqui iniciando esse debate. Será uma decisão a ser tomada pelo governo e pela ANS como conjunto, mas que ajudará muito o Brasil a melhorar o financiamento da saúde, a agilizar o atendimento para as pessoas e a construir aquela universalização que está proposta na Constituição”, concluiu.

*Com Agência Brasil


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.