Candidatos à sucessão de Cunha são acusados de cárcere privado a uso de escravos

O deputado Rogério Rosso na comissão do impeachment - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O deputado Rogério Rosso na comissão do impeachment – Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Até agora, 16 deputados da coalizão que apoia o governo Michel Temer já anunciaram a disposição de disputar a presidência da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira. Dos seis favoritos ao posto, quatro enfrentam processos na Justiça, um está citado nas investigações da Operação Lava Jato e outro só não responde mais a processos judiciais porque os crimes pelos quais foi acusado já prescreveram. Eles são acusados de crimes que vão desde improbidade administrativa ao uso de trabalho escravo.

O principal nome do bloco centrão, Rogério Rosso (PSD-DF), é investigado no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e foi indiciado por corrupção eleitoral. Ele disse ao jornal O Estado de S.Paulo que já esclareceu tudo.

Seu principal adversário, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é alvo de um pedido de inquérito na Operação Lava Jato por aparecer em mensagens de Léo Pinheiro, da construtora OAS. Suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ele disse ao Estado que “já está tudo explicado”.

Fernando Giacobo (PR-PR) respondeu a duas ações penais no STF (sequestro e cárcere privado, formação de quadrilha, falsidade ideológica e crime contra a ordem tributária), mas os crimes prescreveram antes do julgamento. Giacobo disse que é totalmente inocente.

Beto Mansur (PRB-SP) foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho por dano moral coletivo a pagar R$ 200 mil a trabalhadores submetidos à condição análoga à escravidão, em Goiás. Ele responde a uma ação penal que corre no STF. Também responde no Supremo por crime de responsabilidade quando foi prefeito de Santos (SP). Na Justiça de São Paulo, já foi condenado por improbidade administrativa. Mansur disse que está ganhando todas as ações em que seu nome aparece.

Heráclito Fortes (PSB-PI) teve as contas de sua última eleição reprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Foi condenado ainda por improbidade administrativa quando era prefeito de Teresina. Disse que a ação contra ele, do TRE, “não tem o menor sentido”.

Jovair Arantes (PTB-GO) foi condenado no TRE de Goiás por usar um funcionário público em seu comitê de campanha nas eleições de 2014. Foi multado em R$ 25 mil. Ele disse que já recorreu.

Outro candidato do PSB, Hugo Leal (RJ), já foi condenado por violações administrativas quando presidiu o Detran do Rio de Janeiro. Mas ele pode recorrer.

Fausto Pinato (PP-SP) é réu em ação penal no Supremo por falso testemunho contra um suposto inimigo de seu pai. O deputado afirma que o processo foi motivado por ofensas proferidas contra seu pai. “Acusaram-me de ter levado as duas testemunhas até o meu progenitor, o qual as utilizou como base para a ação cível e penal. O próprio promotor solicitou o seu arquivamento”, disse.

 


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