Esta segunda-feira (11) marca os 180 anos de nascimento do maestro Carlos Gomes. Maior compositor brasileiro de óperas, o autor de O Guarani nasceu em Campinas, no interior paulista. Antônio Carlos Gomes, nome de batismo do músico, teve a infância marcada por uma tragédia. Sua mãe, Fabiana Jaguari Gomes, que era descendente de índios, foi assassinada a facadas aos 28 anos, quando ele tinha apenas 8 anos de idade. O pai, Manoel José Gomes, um musicista negro ligado à Igreja e conhecido pela alcunha de “Mané Músico”, no entanto, inspirou o futuro profissional do filho ao integrá-lo a uma banda composta por irmãos e membros da família.
Dividindo o tempo entre a música e o ofício de alfaiate, Carlos Gomes apresentou suas primeiras composições aos 15 anos de idade. Seis anos depois, em 1861, levou ao palco do Teatro da Ópera Nacional, no Rio de Janeiro, seu primeiro grande trabalho, a ópera A Noite do Castelo, inspirada em poema homônimo de Antônio Feliciano de Castilho. Trabalho que despertou a reverência do imperador Dom Pedro II para o talento do jovem compositor, e que possibilitou a Gomes, fortemente influenciado por Giuseppe Verdi, partir para Milão, em 1863, por meio de uma bolsa concedida por Dom Pedro II, para estudar música. A partir da Itália, Carlos Gomes consagrou-se mundialmente.
A história fascinante do músico, morto em Belém, no Pará, aos 63 anos, em decorrência de um câncer, será contada no cinema em Tonico, Estórias de Carlos Gomes, de Ariane Porto, e em O Tonico de Campinas, biografia assinada pelo historiador Jorge Alves de Lima. Livro e longa-metragem, que ainda estão em produção, chegam ao público no início de 2017. Em 16 de setembro, serão completados 120 anos da morte de Carlos Gomes.
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Ouça o prelúdio da ópera A Noite do Castelo, em interpretação, de 1978, regida pelo maestro Benito Juarez.
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