Exames de DNA confirmaram a morte da carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, 30, que estava desaparecida desde o atentado na cidade de Nice, na França, e de sua filha, Kayla, de seis anos. As duas foram atropeladas após a queima de fogos no dia da Tomada da Bastilha. As outras duas filhas de Elizabeth, Djulia, de quatro, e Kimea, de sete meses, foram salvas pelo pai, o suíço Silyan. Os três estão internados em um hospital em Nice, onde recebem atendimento psicológico.
A família receberá todo apoio do governo brasileiro, informou no domingo (17) o presidente da República em exercício, Michel Temer. Ele determinou ao Ministério das Relações Exteriores que “redobre os esforços para dar total assistência aos brasileiros atingidos pelo atentado na cidade francesa de Nice” e garantiu que “todos os meios do governo federal serão colocados à disposição das famílias na busca de informações e para atender suas eventuais demandas por auxílio neste momento”.
Na noite de quinta-feira (14), o motorista de um caminhão avançou contra a multidão que comemorava a Queda da Bastilha, o 14 de Julho, data nacional do país, em Nice, no sul da França, matando 84 pessoas e deixando 85 feridos, muitos em estado grave.
A tragédia
O franco-tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, dirigia o caminhão contra a multidão que participava dos festejos na quinta-feira à noite, percorrendo cerca de dois quilômetros antes de ser morto por policiais. Além de 84 mortos, 85 pessoas ficaram feridas e continuam internadas em 29 hospitais franceses. Segundo a agência Ansa, antes do ataque, Bouhlel enviou ao irmão dele, Jabeur, uma foto em que aparece no meio da multidão que celebrava data nacional do país.
Jabeur, citado pela emissora francesa M6, contou que Bouhlel parecia estar “muito contente. Ele disse que estava em Nice com seus amigos europeus para comemorar a festa nacional. Parecia muito feliz e contente, e ria”, disse o irmão do criminoso.
Outro fato que pode ajudar a entender o caso foi divulgado pela rádio Europe 1. De acordo com a emissora, que cita fontes próximas à investigação, o assassino fez uma espécie de reconhecimento na Promenade des Anglais, local do ataque, nos dias 12 e 13 de julho.
O motorista foi gravado por câmeras de segurança ao volante do caminhão usado no massacre, enquanto observava o local muito atentamente. Já a BFMTV revelou que, pouco antes do ataque, Bouhlel mandou um SMS com a frase “envie mais armas”. O receptor da mensagem, que não teve a identidade revelada pela polícia, está entre as sete pessoas já presas pela polícia por suspeita de ligação com o atentado.
Ao menos uma delas, a ex-mulher de Bouhlel, foi recolocada em liberdade – o casal havia se divorciado recentemente.
Vítimas
Dos 84 mortos no massacre, apenas um ainda não foi identificado, segundo a ministra da Saúde da França, Marisol Touraine. Além disso, 85 pessoas seguem internadas, sendo 29 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Deixe um comentário