Já está decidido. Os detalhes ainda precisam acertados, mas fato é que a presidenta afastada, Dilma Rousseff, vai entregar até a próxima quarta-feira (10) aos 81 senadores uma “mensagem às senadoras, senadores e ao provo brasileiro” em que defende abertamente a realização de um plebiscito que decida sobre a realização de novas eleições e uma reforma política no Brasil.
“Darei apoio integral “à iniciativa”, diz o texto a que o jornal Folha de S.Paulo teve acesso. “Que o povo se manifeste, não só através de pesquisas de opinião, mas por meio do voto popular.”
A decisão foi tomada por ela e pelos movimentos sociais apoiadores, que discutem o tema desde que Dilma foi afastada do cargo em votação polêmica na Câmara dos Deputados. Ela lembra que recebeu 54,5 milhões de votos, é “legítima”. “Ninguém, nem o impeachment, transformará Temer num presidente legítimo. E ele vai carregar essa pecha até o fim.”
Segundo a petista, Temer e o Congresso estão tratando o presidencialismo como se fosse parlamentarismo. “O parlamentarismo permite o voto de desconfiança. No presidencialismo, o impeachment, sem crime, é golpe.”
Dilma explica que a carta terá quatro páginas e que o teor do documento será mantido mesmo sem o apoio do PT. O presidente da legenda, Rui falcão, já se disse contrário à consulta popular. “O grande centro da carta é isso”, afirmou ela à reportagem. “Nós queremos vencer no Senado e na história. A carta dá um caminho de uma transição, de uma saída para o País.”
Deixe um comentário