Recebido sob protestos, o presidente Michel Temer participa, nesta segunda-feira, da sessão de abertura e da plenária da Reunião de Alto Nível sobre Grandes Movimentos de Refugiados e Migrantes na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Ao final da reunião, será aprovada uma decisão política que dará início a um processo de negociação sobre refugiados que pode se estender até 2018, quando dois pactos globais serão adotados: “Sobre o compartilhamento de responsabilidades relativas aos refugiados” e “Migrações seguras, regulares e ordenadas”.
Nesta segunda também estão previstos encontros bilaterais com os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez.
Na terça-feira (20), Temer abrirá a 71ª Assembleia Geral da Organização da ONU. Conforme tradição iniciada em 1947, com o discurso inaugural feito pelo diplomata brasileiro Osvaldo Aranha, cabe ao Brasil abrir a assembleia. Esta é a segunda viagem oficial ao exterior feita por Temer após ter assumido definitivamente o cargo. No início do mês, Temer participou da reunião de Cúpula do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias mundiais, na China.
O golpe
Em sua chegada ao ao Hotel Plaza Athénée, Michel Temer foi hostilizado por um grupo de manifestantes que protestavam contra o golpe no Brasil. Com cartazes em inglês, pediam a saída de Temer, e que para ser eleito, era necessário ganhar votos.
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendem entregar um documento denunciando abuso de poder na Operação Lava Jato na abertura da 71ª Assembleia-Geral da ONU. O memorial que fizeram contra o juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, e que também fala sobre o impeachment de Dilma Rousseff, será entregue a representações de diversos países e jornalistas estrangeiros. Estará contido no documento a peça de acusação contra Lula, para mostrar que o ex-presidente sofre acusações sem provas.
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