Erwin Wurm – Destaque na Miami Art Basel

Na última edição da Miami Basel Art Fair, o Bass Museum que se uniu definitivamente ao evento, dedicou a Erwin Wurm um grande espaço para mostrar suas curiosas esculturas que desafiam o olhar viciado do espectador. Com obras em vários acervos, museus famosos como Guggenheim, MoMa e Peggy Guggenheim, todos de Nova York, além de Ludwig, em Colônia, na Alemanha, Beaubourg, de Paris, entre outros, Wurm começou sua vida artística com certa obscuridade. O sucesso ocorreu aos poucos e se legitimou, especialmente entre os jovens colecionadores, depois da parceria com a banda de rock californiana Red Hot Chili Peppers que se inspirou em sua obra para criar o vídeo da música Can’t Stop, de 2002 e, a partir daí, esse bem-humorado austríaco passou a ser reconhecido até entre os roqueiros.

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Um dos artistas em alta no mercado de arte, Erwin Wurm se inscreve em um grupo de artistas contemporâneos que um dia decidiram morar em castelos ou palácio, como o alemão Georg Baselitz e o belga Braum. Ao contrário dos outros dois citados, que moram fora de seus países, de origem Wurm divide sua casa/ateliê entre Viena e a cidezinha também austríaca de Limburg.

Durante a Miami Art Basel 2011, ele dividiu o Bass Museum com outro artista ligado à música, o francês Brainwash, pseudônimo de Thierry Guetta, que fez a capa do CD Celebration, de Madonna. Juntos, eles levaram multidões ao Bass Museum, que agradeceu o holofote que brilhou sobre eles. Com a exposição Beautiful Business, Wurm conseguiu se sobressair em meio à avalanche obras ligadas aos eventos que tomaram os museus, galerias e outras feiras que gravitavam em torno da Miami Basel Art Fair. Nascido em 1954, desde 1997 ele desenvolve seu trabalho paralelamente a outros suportes. Suas performances são fotografadas e filmadas, nas quais trabalham modelos, na maioria estudantes de arte, que são colocados em situação bizarra, utilizando objetos do cotidiano e o corpo.

As esculturas-performances não estão fixadas em lugar algum e, de repente, estão em todos os lados. Suas peças interagem com o público e sugerem linguagem ambígua, conceitual e formalmente.

Na história da arte contemporânea são raros os artistas austríacos que chegaram ao topo. O caso de Wurm é exemplar, ele saiu da pequena Bruck an der Mur e ganhou o mundo. Fiel às suas origens, não quis estabelecer-se em Nova York, como sugeriram alguns marchands. Assim, fixou-se com casa e ateliê em Viena e na minúscula Limburg. A mostra que fica em cartaz até o final de março tem a curadoria de Peter Doroshenko, um de seus teóricos e incentivadores.


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