O universo eletrizante de Mr. Brainwash

A movimentação no Bass Museum durante a Miami Art Basel era intensa. Sabe-se que Mr. Brain­wash – pseudônimo do artista francês Thierry Guetta, que mora em Los Angeles – é capaz de criar, em um passe de mágica, uma exposição com pinturas, gravuras, esculturas e tudo o mais que lhe vier à cabeça, como a mostra Love is the Answer. Mas pouca gente sabe que esse artista multiplicador de ideias é capaz de atender colecionadores, imprensa, fotógrafos e ainda opinar sobre a montagem da exposição numa mesma fração de minuto. Eu vi e quase não acreditei.

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As fotos que ilustram essa matéria foram feitas à queima roupa, em meio a um corre-corre, eu voando atrás dele, enquanto ele falava comigo e mais várias pessoas. Valeu à pena porque, acima de qualquer coisa, me diverti bastante. Brainwash segue a trilha traçada por Warhol, com obras feitas em serigrafia e a fotografia como suporte, sobre as quais ele faz intervenção com muita tinta, plástico, madeira recortada e imagens de ícones como Mona Lisa, Mao Tsé-Tung e Marilyn Monroe.

É sabido que Mr. Brainwash não é unanimidade. Ou as pessoas gostam dele ou o odeiam com todas suas forças. Eu e Madonna fazemos parte do primeiro grupo. Ele é o autor da capa do CD Celebration, uma coletânea de sucesso da diva do rock. O que encanta nesse speed guy é a sua capacidade de criar e estar em performance permanente. De grafiteiro de rua, onde atuou em várias cidades, até ser guindado para as galerias de arte, como ocorreu com outros artistas do gênero, Mr. Brainwash deixou rastro por onde passou. O sucesso chegou e ele não teve mais sossego. As galerias não o deixam em paz e ele as atormenta. Seu vernissage no Bass Museum foi um dos eventos mais concorridos da Miami Art Basel. Além de algumas performances, o melhor show eram suas obras e ele mesmo, falante e com uma energia contagiante.

O cenário trash a que foi submetido o Bass Museum deu corpo à mostra repleta de pôsteres, pinturas e imagens de Einstein, Elvis, Madonna e tantos outros ícones. Mr. Brainwash chegou à Miami depois da exibição, em Nova York, do filme Exit Through The Gift Shop que ele protagoniza. O diretor é o inglês Banksy, legendário grafiteiro de Nova York. A filmagem eletrizante foi trabalhosa, mas já deu frutos: foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário no ano passado. Gift Shop não levou nada, mas segundo ele, foi uma “viagem”.
Com um estilo que mistura o traço nervoso de Banksy e a policromia de Warhol, Brainswash enche o mundo de cores e gestos, o que ocorre desde sua primeira exposição individual, A Vida é Bela, que fez em Los Angeles quando apresentou mais de 200 peças, a maior parte feita por uma equipe de assistentes contratados. Agora, ele está trabalhando com o grupo de rock californiano Red Hot Chilli Peppers na campanha para o lançamento do novo álbum. Mr. Brainwash é o rei do spray, do estêncil e dos trocadilhos visuais, com os quais produz tudo, sempre dentro do melhor estilo da pop art.


Comentários

4 respostas para “O universo eletrizante de Mr. Brainwash”

  1. Deu pra perceber claramente que ela não entende de arte mas entende de status (tipico mentalidade da massa) Mr Brainwash é um Kitsch em larga escala.

  2. Gente…que texto é esse?! Essa leonor tem NOÇÃO de quem é esse cara?! Pelo visto ela nao assistiu MESMO o documentário que o Banksy fez sobre esse picareta e é mais ridículo ainda ela citá-lo no texto sem nem ter visto o negócio. Isso é jornalismo?

  3. Impossivel levar o Brainwash a serio depois de assistir Exit Through the Gift Shop. O cara é uma farsa, a prova de que arte não passa de comercio e artistas apenas endinheirados que pagam os outros para cr5iar sua “arte”.

  4. Banksy é britânico.

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