Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-ministro-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, foi preso temporariamente nesta segunda-feira, em São Paulo, pela 35ª fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal diz ter indícios da participação dele em um suposto esquema de corrupção envolvendo a Odebrecht.
A prisão aconteceu no dia seguinte à fala controversa do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante evento de campanha de Duarte Nogueira (PSDB), adversário de Palocci na cidade do ex-ministro, Ribeirão Preto: “”Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, declarou ele, na ocasião, se referindo a uma ação da Lava Jato.
Para o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), a prisão, na semana das eleições municipais, “confirma que o Brasil vive um estado de exceção”:
“A Justiça foi capturada por interesses políticos. Esse Ministro extrapolou todos os limites do razoável. É um irresponsável que quer incendiar o País como fez com São Paulo”, disse Pimenta.
A senadora Gleisi Hoffman (PT-PA) também se manifestou pelo Facebook: “Estado de exceção. Nunca nos governos de Lula e Dilma o Ministério da Justiça interferia nos trabalhos da PF. Tampouco tinham informações privilegiadas de operações sigilosas e as divulgava. A perseguição continua. Seletividade! #OperaçãoBocaDeUrna“
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