Objetos reunidos por Nuno Ramos e Eduardo Climachauska serão “destruídos” em performance

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Instalação “Globo da morte de tudo”. Foto: Divulgação

Em cartaz no Sesc Pompeia, a instalação O Globo da Morte de Tudo, dos artistas Nuno Ramos e Eduardo Climachauska, reúne mais de 1.500 objetos, comprados, coletados e doados por amigos dos dois. Esses apetrechos estão dispostos em quatro paredes conectadas a dois globos de aço, sobrepostos e unidos por um ponto. Nesta terça-feira (4), às 20h, um  mês após a abertura da exposição, a instalação se modifica radicalmente: dois motoqueiros giram dentro dos globos, fazendo com que os objetos despenquem, espatifando-se no chão.

A exposição se divide assim em dois momentos: um antes e outro depois da performance. Nuno Ramos conta que a ação provoca reflexões sobre conceitos como consumo e acumulação, tendo também uma veia humorística: “A obra traz um aspecto cômico, um fundo de raiva, com sensação de querer que tudo vá pro inferno”. Com a performance do dia 4, a exposição apresenta uma nova organização, que independe da vontade da dupla de artistas.

Conhecido por obras de grandes dimensões, Nuno Ramos formou-se em Filosofia pela USP. O artista, que emprega diversas linguagens como gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo, produziu nos últimos anos obras com viés politizado. O massacra do Carandiru, os desaparecidos da ditadura militar e o holocausto são algumas das temáticas abordadas em seu trabalho (leia perfil do artista publicado na ARTE!Brasileiros). Eduardo Climachauska estudou cinema na USP e desde então vem produzindo filmes experimentais exibidos em mostras e festivais. Os dois já têm uma parceria de longa data, tendo produzido diversas canções. Em o Globo da Morte de Tudo, eles criam uma espécie de inventário da cultura prestes a desabar.

Serviço – O globo da morte de tudo
Até 6 de novembro
Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93, São Paulo, SP
11 3871-7700

 


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