O ex-deputado Eduardo Cunha foi preso nesta quarta-feira (19), em Brasília. A informação, confirmada pela Polícia Federal, é de que se trata de uma prisão preventiva, sem data prevista para soltura. Ele está sendo levado ao aeroporto e irá para Curitiba, no Paraná, onde será julgado.
Para o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), a prisão preventiva do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) não tem justificativa legal e não deve ser comemorada. O petista se manifestou em sua página de Facebook: “Assim como as outras prisões preventivas, essa não me parece ter motivação legal. Além disso, as outras prisões foram cercadas de espetáculo com a Rede Globo, repórteres, na prisão do Cunha não teve nada disso. Não é de causar estranheza? Não estaria a República de Curitiba querendo mostrar imparcialidade com essa prisão estranha de Cunha, tendo em visto o silêncio e a falta de espetáculo? Todas as prisões deveriam ser assim. Esse é o padrão que respeita a dignidade da pessoa humana. Essa prisão não é uma preparação para o que vem aí com relação a Lula? Mas reafirmo: não podemos comemorar ilegalidades e arbitrariedades, as leis devem prevalecer com qualquer pessoa”.
A decisão foi expedida ontem pelo juiz Sergio Moro e cumprida hoje. Os principais motivos são tentativa de obstrução do processo da Lava Jato e risco de fuga. Além de ser preso em Brasília, a casa de Cunha, no Rio de Janeiro, foi alvo de busca e apreensão.
Cunha é réu da Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O processo corre há algum tempo, mas com a perda do mandato (foi cassado em setembro do cargo de presidente da Câmara Federal) ele não tem mais o foro privilegiado e seu processo caiu na alçada da Justiça Federal do Paraná, em primeira instância.
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