Galeria Fortes Vilaça abre espaço interdisciplinar no Rio

Fachada da Carpintaria. Foto: Divulgação
Fachada da Carpintaria. Foto: Divulgação

Para comemorar os 15 anos de sua fundação, a Galeria Fortes Vilaça inaugura no dia 20/11 um novo espaço no Rio de Janeiro, intitulado Carpintaria. Porém, não se trata de uma filial tradicional, mas de uma instituição interdisciplinar, cujo objetivo é estimular o diálogo entre diferentes manifestações artísticas. “Depois de 15 anos, queríamos fazer qualquer coisa menos uma filial”, conta a sócia Marcia Fortes. Ela ressalta que o espaço surgiu de um desejo de “experimentar novas ideias  e propor diálogos mais abrangentes, tendo sempre como referência as artes plásticas. Queremos alargar a nossa prática”.

 A Carpintaria faz parte da revitalização do Jockey Club do Rio de Janeiro, que contará com um polo cultural e gastronômico. O projeto foi idealizado pelo escritório de arquitetura Rua, de Pedro Rivera e Pedro Évora. A obra preservou a construção original, que data de 1926 e foi sede de uma carpintaria, o que explica o nome dado ao espaço. Trata-se de um lugar amplo e iluminado de  300 m2, que permanece com as telhas e a estrutura das tesouras de madeira originais. A única mudança mais radical foi a elevação do pé direito, de 2,8 para 4 metros. 

O local inaugura junto com a exposição Uma Canção Para o Rio, que foi idealizada em colaboração com os curadores norte-americanos Douglas Fogle e Hanneke Skerath. A mostra reúne cerca de 20 trabalhos, de artistas como Nuno Ramos, Jac Leirner e Ernesto Neto, que exploram as relações entre o som e a forma. O sócio da galeria, Alexandre Gabriel, comenta a escolha do tema: “Talvez a música seja a mais abrangente das expressões artísticas, a coisa mais poderosa, com muitos públicos diferentes; um tipo de expressão livre do excesso de codificação, de auto-referência que vemos nas artes visuais”. Além dos artistas citados, outro destaque é a presença de Barbara Wagner e Vivian Caccuri, que participam da 32ª Bienal Internacional de São Paulo.

Diferentemente das casas de São Paulo – a Galeria da rua Fradique Coutinho e o Galpão no Bom Retiro – a Carpintaria sediará menos eventos em um período de tempo maior. Um dos próximos projetos já está definido e deverá colocar lado a lado Adriana Varejão e a portuguesa Paula Rego, cujas obras tratam de questões como a violência, o universo feminino e o imperialismo.

Novo Nome

A partir de novembro, a galeria também modificará seu nome para Fortes D’Aloia & Gabriel. A alteração atualiza o sobrenome de Alessandra D’Aloia, anteriormente Vilaça e conclui a incorporação societária de Alexandre Gabriel, atuante na galeria desde o seu início. 


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