Com o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) convoca uma campanha nas redes sociais para impedir a votação da PEC 55, que congela gastos públicos por 20 anos. Segundo ele, a pauta era conduzida por Calheiros e o novo presidente, Jorge Viana (PT-AC) não deve dar continuidade à votação. Lindbergh também defende que a discussão sobre a reforma da Previdência, anunciada hoje pelo governo de Michel Temer, seja adiada para o ano que vem.
O senador disse que o País vive uma “guerra institucional” entre os poderes Judiciário e o Legislativo, com o Executivo fragilizado: “É impressionante como foram irresponsáveis essas elites, PSDB, DEM, a maioria parlamentar no afastamento de Dilma. Fragilizamos a instituição da Presidência da República. Eles diziam que era só afastar a Dilma e conquistaríamos a confiança dos empresários. É o oposto. Ao fragilizar a instituição, criamos uma situação de descontrole total, agora é guerra institucional. Isso é tudo consequência daquele ato absurdo que foi feito, pelo Parlamento com apoio das elites brasileiras e participação do Supremo, porque cruzou os braços. A consequência pagamos agora, a implosão do sistema representativo, crise econômica, política e institucional. Esse governo é tão fraco que vai nos levar a uma convulsão social, não estou exagerando. Os estados estão quebrados, os ajustes são em cima de saúde e educação. Tem 20 estados quebrados. As empresas tão devendo 80% do PIB. Precisava de um presidente forte, com legitimidade, que dissesse que o principal é recuperar o crescimento econômico, proteger o emprego, aumentar investimento público. Mas temos um presidente fragilizado. Sem proposta para o país, assustado, esse governo Temer acabou. “
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