Mulher morta em chacina de Campinas tinha feito cinco B.O.s contra o ex-marido

Isamara Filier com o filho.  Foto: Reprodução/Facebook
Isamara Filier com o filho. Foto: Reprodução/Facebook

Isamara Filier, assassinada em Campinas pelo ex-marido Sidnei Ramis de Araújo na noite do Reveillon, havia registrado cinco boletins de ocorrência contra o autor da chacina. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo. O filho de 8 anos e outras 10 pessoas que comemoravam juntas a virada de ano foram mortas também. Araújo depois se suicidou.

Filier denunciou o ex-marido por abuso sexual do filho em 2012. No Natal do mesmo ano, foi à Delegacia da Mulher em Campinas para acusar Araújo de ameaçá-la de morte pelo telefone. No ano seguinte, ela registrou um B.O. contra o ex-marido por agressão física. Em dezembro de 2014, a Polícia Militar foi chamada após Araújo ter descumprido a ordem judicial que o proibia de se aproximar do filho fora dos dias de visita monitorada. Em 2015, Filier denunciou Araújo por mais uma ameaça de morte, contra ela e a mãe. Segundo o jornal, Filier recusou medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha.

Em carta escrita pelo autor da chacina, ele diz que mataria Filier e o máximo de mulheres que conseguisse da família dela, por tê-lo separado do filho.

O caso

Araújo invadiu uma casa, onde morava sua família, no Jardim Aurélia, com um canivete e uma pistola 9 milímetros. Ele usou a arma para matar a ex-mulher, Isamara Filier, de 41 anos, o filho, João Victor, de 8 anos, e outras dez pessoas (sendo oito mulheres e dois homens), durante as comemorações de réveillon. Após o ataque, Araújo se matou.

De acordo com uma testemunha que estava na casa no momento do ataque, Araújo pulou o muro, entrou na casa por volta da meia-noite e começou a disparar contra todos. Essa mesma testemunha, ao ouvir os primeiros disparos, pensou que eram fogos de artifício. Mas viu o tio cair no chão e percebeu o que ocorria.

Correu para o banheiro e ligou para a polícia e para unidades de resgate. O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de Campinas como homicídio consumado e pensado, além de suicídio.

*Com Agência Brasil


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