A maioria dos presídios brasileiros não têm detectores de metais nem bloqueadores de celulares, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. A informação é do jornal O Globo. O levantamento indica que 65% das unidades carecem desses equipamentos, que previnem a entrada de armas e a coordenação de rebeliões, ataques e atividades criminosas de dentro das cadeias.
É o caso do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, palco de uma rebelião que terminou com ao menos 56 presos mortos nessa segunda-feira (2). Registros do massacre foram feitos pelos detentos em vídeo e foto, que circularam pelas redes sociais. Ainda segundo o jornal, operadoras de telefonia dificultam a instalação de bloqueadores por prejudicarem o sinal de celular nos bairros próximos.
Os dados alarmantes sobre a situação carcerária no País constam no sistema Geopresídios, lançado em 2007, que reúne informações sobre unidades prisionais. Segundo o sistema, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, 644.602 presos, para 393.846 vagas: um déficit de 250.756. Sendo que quase 40% deles, 244.146, são provisórios, ou seja, ainda aguardam julgamento.
O estado que lidera o ranking de superlotação é Pernambuco, com um déficit de vagas de 206.60%, seguido do Distrito Federal, com 94.31% e o Acre, 91.48%.
O maior índice de presos provisórios está nas unidades prisionais do Amazonas, com 65.77%, Piauí, com 63.28%, e Bahia, 62.90%.
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