No dia em que o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), e sua equipe vestiam-se de garis e posavam para as câmeras na inauguração do programa “Cidade Linda”, cerca de 70 moradores de rua eram hostilizados e tinham seus pertences recolhidos pela Prefeitura no Parque da Mooca.
Segundo o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral Povo da Rua, foram levadas cobertas, roupas, remédios, documentos e alimentos. O padre denunciou a situação à secretaria de Assistência Social, Soninha Francine (PPS). Segundo reportagem do jornal Valor, a equipe da Prefeitura disse que a ação não tinha sido decisão de Doria e tampouco de algum de seus secretários.
Wellington Gomes de Almeida teve a carteira de habilitação levada na ação. “Já está difícil arrumar emprego e agora será impossível. E se me chamarem para trabalhar? Não tenho como tirar outra”, contou ao jornal.
O ex-prefeito Fernando Haddad assinou um decreto em junho do ano passado proibindo a retirada de pertences pessoais de moradores de rua, assim como o recolhimento de instrumentos de trabalho.
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