O bilionário chinês Jack Ma, dono do gigante de e-commerce Alibaba, não perdeu tempo em aproveitar o momento de mau humor entre Donald Trump e o Jeff Bezos, CEO da Amazon, para “levantar a bola” do seu site. Ele flertou com o presidente eleito dos EUA acenando novas oportunidades para empresas norte-americanas venderem seus produtos por meio de sua plataforma e, com isso, abrirem 1 milhão de novos empregos no país.
Em encontro com Trump ontem, 9, em Nova York, Jack Ma discutiu as oportunidades de negócios entre China e Estados Unidos, especificamente ligadas às pequenas empresas, promovendo sua plataforma de e-commerce Alibaba como o caminho pelo qual as empresas conseguiriam vender seus produtos para consumidores na China e sudeste da Ásia. Indiretamente, esse movimento criaria 1 milhão de novos empregos nos EUA, garante o bilionário. Jack Ma não se comprometeu a criar novos empregos na operação norte-americana do Alibaba.
“Conversamos basicamente sobre pequenas empresas, jovens profissionais e como seria possível vender produtos agrícolas dos EUA para a China”, disse Ma. Os novos empregos, segundo ele, seriam criados na área agrícola do meio-oeste norte-americano, mencionando produtos como frutas, vestuário e vinho, que poderiam ter sucesso entre os consumidores chineses. No encontro também esteve o presidente do Alibaba, Michael Evans.
“Jack e eu vamos fazer grandes coisas”, disse Trump ao jornalistas após o encontro.
A plataforma Alibaba opera um site muito lucrativo na China e busca se expandir para fora do continente para competir com a Amazon através do site AliExpress. A aventura de Jack Ma fora da China no entanto não tem sido totalmente sem sobressaltos. No final de 2016, seu markeplace Taobao, um site semelhante ao eBay, entrou para a lista dos “mercado notórios” da Câmara de Comércio dos EUA. A lista inclui mercados online e offline que facilitam “práticas substanciais de pirataria, falsificação e quebra de direitos autorais”.
Como o Taobao tinha sido retirado da lista quatro anos atrás, a nova inclusão levantou suspeitas de que poderia estar associada à eleição de Trump como uma das medidas contra o comércio da China. Nas últimas semanas, o Alibaba anunciou medidas contra produtos falsificados em seus marketplaces online, incluindo ações legais contra vendedores do Taobao.
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