Em 1979,?o artista brasileiro e pernambucano, nascido José Oliveira Filho, foi rebatizado – na marra, como ele diz – de Macaparana, pelo criador e diretor do Masp, Pietro Maria Bardi, na ocasião de sua primeira exposição no museu. Segundo Bardi, José Oliveira não era nome de artista, “era nome de padeiro”.
Ele se diverte. O Maca, como hoje é chamado pelos amigos, e que ficou profundamente chateado naquele momento, acha hoje que ele tinha razão.
Seu trabalho, que no começo era figurativo, após seu contato com o neoconcretismo foi se separando do fundo e evoluindo para a abstração, para culminar na paixão pela geometria. Tentando descobrir permanentemente novas formas, a rigor ele precisa, para criar, apenas papel, cartão e lápis de cor.
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Para o curador Daniel Molina, “A música que Macaparana compõe é um modelo de ritmo em tensão…”.
Desde que começou a trabalhar, em 1969, Macaparana participou de inúmeras exposições, individuais e coletivas, bienais e de todas as feiras internacionais, representado pela Dan Galeria, de São Paulo, pela Cayón, de Madri, pela Jorge Mara La Ruche, de Buenos Aires, e pela lendária galeria Denise René, de Paris.
Com esta última se apresentou em outubro na Foire Internationale d’Art Contemporain (FIAC), em Paris. Macaparana também está em exposição individual, até final de novembro, na Denise René, que fica na Rive Gauche, no Boulevard Saint Germain.
A galeria, que abriu suas portas no final da segunda guerra mundial, em 1944, foi a primeira a mostrar o trabalho de Mondrian, e a partir daí apresentou, em suas instalações, de Max Ernst a Picabia.
Em 1955 realizou uma exposição histórica, Denise René e Vasarely: O Movimento.
Vários artistas latino-americanos expuseram lá. Entre eles, os venezuelanos Soto e Cruz-Diez, e o argentino Le Parc.
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