Na manhã desta segunda-feira, dia 7, os principais mercados europeus mostraram instabilidade, abrindo em baixa e apresentando uma leve alta algumas horas depois. Essa variação traduziu o nervosismo resultante das incertezas causadas pelas eleições na França e na Grécia neste fim de semana já que, em ambos países, os candidatos eleitos não são grandes apoiadores do pacto de austeridade fiscal firmado pela União Europeia (UE) para tentar conter a crise que abala a economia dos países membros.
De acordo com analistas, as eleições apontam um descontentamento popular em relação às políticas de cortes de gastos que estão sendo adotadas pelos governos de 25 países dos 27 Estados da UE para reduzir o endividamento público. Na França, a eleição do socialista François Hollande para a presidência, dá claros sinais desse descontentamento já que o atual governante, Nicolas Sarkozy, é um dos fiadores do pacto de austeridade ao lado da chanceler alemã Angela Merkel. Durante a campanha, Hollande defendeu a busca do crescimento econômico da França através do alívio dos cortes de gastos.
Nas eleições parlamentares da Grécia, os partidos que saíram mais fortalecidos foram justamente os contrários as medidas do pacto. Neste cenário, a saída do país da UE volta à pauta juntamente com a possibilidade do país não receber o restante dos recursos que estavam sendo destinados pelos países membros para ajudar na recuperação econômica do país.
Frente a essas novas lideranças, Angela Merkel reforçou a necessidade de que os membros da zona do euro respeitem as decisões tomadas no pacto e mantenham os cortes e a busca do crescimento através de reformas estruturais Em discurso nesta segunda-feira, a chanceler alemã afirmou que as diretrizes do pacto não serão renegociadas.
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