Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira, dia 30, a assessoria da presidente Dilma Rousseff afirmou “que são no todo falsas as informações contidas em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo” desta quarta-feira sobre a crise política resultante da disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a reportagem do jornal, Dilma “avalia que a situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário”. A reportagem diz ainda que a presidenta discutido sobre esse assunto em conversa na terça com o presidente do STF, Ayres Britto. A Secretaria de Imprensa da Presidência nega que o assunto tenha entrado na pauta da reunião e diz que “no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.”
Leia a nota na íntegra
“A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título “Para Dilma, há risco de crise institucional”, publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Pauloe à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.
Entenda o caso
No último fim de semana, uma reportagem da revista “Veja” descrevia um encontro que teria acontecido entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a revista, Lula teria pressionado o ministro para adiar o julgamento do mensalão para depois das eleições. Em troca, Lula daria proteção na CPI do Cachoeira a Mendes que teria viajado a Berlim na companhia do senador Demóstenes Torres com as despesas pagas por Carlinhos Cachoeira.
Na última terça-feira, Gilmar Mendes afirmou que não tinha relação com Cachoeira e que estava sendo vítima de “gângsters” e “bandidos” que estariam plantando informações contra ele com o objetivo de prejudicar o julgamento do mensalão. “A gente está lidando com gangster. Vamos deixar claro: a gente está lidando com bandidos que ficam plantando esse tipo de informações. O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Esse era o objetivo: dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção”, declarou.
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