A Seminários Brasileiros apresenta na manhã desta segunda-feira, dia 11, o seu encontro de palestras e debates Rio+20: Verdes e Desenvolvidos no Centro de Convenções Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Convidado do Painel 1, cujo tema é “A posição do Brasil na Rio+20 – Como casar as agendas ambiental, econômica e social no contexto do desenvolvimento sustentável”, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Márcio Cozendey, destacou que o papel do Brasil na Rio+20 é ser um espaço de reflexões para que os governos e os diversos setores da economia pensem em um desenvolvimento que reúna sempre as necessidades do planeta, da sociedade e de crescimento dos países.
“Na discussão intergovernamental, cada país entra com suas preocupações e necessidades e há uma discussão intensa acontecendo porque há muitos temas para seres debatidos. A ideia é que a Rio+20 crie um documento intergovernamental que reúna todos os temas. Vamos ter reuniões de juízes, parlamentares e empresários que vão pensar como cada setor pode ter um economia mais sustentável. Vamos ter as metas de desenvolvimento sustentável que depois vão ser negociadas e fechadas. O Rio vai ser o ponto de partida”, disse.
De acordo com o secretário, o Brasil é o local adequado para iniciar essas reflexões por ser considerado uma potência ambiental com grande influência em todos os temas da agenda. “O Brasil tem 12% da quantidade de água doce superficial do mundo, tem 70% da cobertura da vegetação original da amazônia, 30% das florestas tropicais remanescentes do mundo, 90% da eletricidade do país vem de fontes renováveis e 97% das latas de alumínio são recicladas”, disse.
O secretário lembrou também que, apesar de termos uma agricultura e uma indústria desenvolvidas e com preocupação ambiental crescente, o Brasil ainda enfrenta muitos problemas sociais que devem ser combatidos pensando em soluções sustentáveis. De acordo com Cozendey, o governo já tem aberto algumas frentes de atuação como o programa Água para Todos, que visa atender às populações carentes do nordeste, além de projetos de saneamento em todo o país, crédito para fomentar as práticas sustentáveis na agricultura e apoio às empresas que aderiram à agenda de projetos de sustentabilidade.
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