Novas alternativas sustentáveis

 

A Seminários Brasileiros – RIO+20: Verdes e Desenvolvidos, que aconteceu na manhã dessa segunda-feira, dia 11 de junho, no Rio de Janeiro, chegou ao fim. O principal foco, antecipar e sugerir caminhos para o debate que acontecerá durante a Rio+20, foi alcançado. O painel Como a Inovação Poderá Colaborar com Iniciativas de Conservação junto às necessidades estratégicas para o desenvolvimento em escala terminou o evento deixando no ar possíveis saídas e a certeza de que o desenvolvimento sustentável é o único caminho possível para o futuro da humanidade.

Aguinaldo dos Santos, professor do Departamento de Design da Universidade Federal do Paraná, foi o primeiro a ter a palavra e já foi logo apontando para um fato interessante e que é poucas vezes abordado dessa forma. “Olhar para o design de um serviço oferecido faz parte do desenvolvimento sustentável, o Brasil é ainda muito pobre nesse campo”. O professor apresentou alguns cases que mostram, na prática, um pouco da teoria que propôs no início. Antes de terminar, ele enfatizou que é muito importante se focar na comunicação da sustentabilidade, já que, segundo ele, o conceito de sustentabilidade é complexo e entendido de maneiras diferentes de acordo com cada um. “O grande erro é justamente a massificação da sustentabilidade”, encerrou.

Em seguida, Paulo Coutinho, diretor de inovação da Braskem, foi ao microfone. Antes de mais nada, ele foi enfático ao afirmar que a inovação tecnológica é fundamental para que haja a a ligação entre os três pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. Coutinho usou boa parte de seu tempo para falar sobre as ações da Braskem e do objetivo de torna-la a empresa líder em química sustentável no mundo até 2020. Novamente no discurso macro sustentável, o palestrante considerou que a inovação que levará a ao consumo sustentável só será capaz se ela for sistemática. Terminando sua fala, Coutinho tocou em um ponto interessante quando se trata da capacitação de profissionais modernos e inovadores. “Nossas universidades precisam se focar mais na aplicação, somos muito presos no simples conhecimento, na teoria. Precisamos aproximar as universidades das indústrias. Nos países desenvolvidos isso sempre foi comum”, analisou.

Eduardo Campello, da Embrapa, foi o terceiro a palestrar na última mesa do dia. Focando em ações da Embrapa, ele falou um pouco da nova realidade da agricultura brasileira, que passou, em um curto período, de importador para exportador. Coeso, ele terminou seu discurso deixando uma mensagem. “A agricultura não é um problema, é uma solução e componente fundamental rumo ao desenvolvimento sustentável”.

Finalizando o dia, Paulo Durval Branco, coordenador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas São Paulo (GVces) apresentou através de slides um pouco do que é debatido academicamente no GVces. Ao final da apresentação técnica, o professor e diretor da Ekobé, empresa de consultoria e educação com foco em estratégia e gestão da sustentabilidade, afirmou não acreditar que a inovação tecnológica seja suficiente para entrarmos no caminho do mundo sustentável. “Continuaremos crescendo infinitamente em um planeta com limitações biofísicas. É preciso repensar toda a forma de consumo e produção”, alertou.

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