Depois do “boom” que alavancou o mercado imobiliário entre os anos de 2008 e 2010, o setor deve passar por uma desaceleração e um período de estagnação nos próximos anos, disseram nesta quarta-feira, dia 27, representantes desse mercado. Em reunião em um evento promovido pelo Centro de Tecnologias e Edificações (CTE), em São Paulo, construtoras e incorporadoras chamam a atenção para as dificuldades que o setor enfrenta.
“Em cinco anos, o crédito corporativo vai secar, resultando em desalavancagem forçada das empresas, que voltarão a investir à frente”, disse o diretor de Relação com Investidores da EZTec, Emilio Fugazza. “O cenário é de diminuição de volume (de lançamentos de imóveis) e desalavancagem… serão anos de mudança radical para as empresas de capital aberto”, disse o diretor.
Há quatro anos, as empresas diversificaram o mix de produtos, abriram escritórios em novas regiões do país e assumiram parcerias em empreendimentos o que vem gerando um alto custo administrativo que não está sendo revertido em lucros. O resultado é um recuo nas expansões e a enxugada nos gastos com o fim das parcerias e a saída das regiões com menor mercado. “Comprometimento tem risco e afeta a marca que, por sua vez, afeta a margem (da empresa)… execução de obra não pode ser um detalhe do fluxo de caixa”, disse Fugazza.
Deixe um comentário