Quase 100 mil franceses e descendentes têm no franco-chileno Sergio Coronado seu representante na Assembleia Nacional da França. Nascido em Osorno, no Chile, ele foi eleito em 2012 pelo partido Ecologia Europeia – Os Verdes para uma das 11 cadeiras do parlamento francês destinadas aos cidadãos do país que vivem fora da jurisdição nacional.
O colégio eleitoral de Coronado conta com 33 países em toda a América Latina e o Caribe, e com 92.322 eleitores registrados, 18 mil deles no Brasil. A Brasileiros conversou com o deputado sobre o congresso francês e os anseios dos franco-latino-americanos que ele representa.
Quais são as principais queixas dos franceses que vivem na América Latina?
Hoje as maiores preocupações são com os custos da educação em francês para os filhos da comunidade e com a Previdência Social, fora alguns problemas legais da binacionalidade. Dos meus eleitores, cerca de 63% são binacionais como eu. São franco-chilenos, franco-argentinos, franco-brasileiros… São filhos de franceses que nasceram aqui, ou são fruto de casamentos binacionais.
Como funciona uma campanha eleitoral dividida por 33 países?
Para um político que representa tanta gente em tantos lugares eventos como o de hoje [14 de julho] são importantes. Os eleitores estão aqui. É um momento para conversar, saber dos seus problemas. Durante a campanha eu tive muito apoio em liceus franceses, juntas de paises, além da exposição nos meios de comunicação das comunidades, nos jornais em língua francesa, por exemplo.
O Brasil é seu maior colégio eleitoral, com cerca de 18 mil votantes. Como é sua relação com esta comunidade?
Acredito que os franco-brasileiros são de extrema importância para a França hoje. Além de serem numerosos, a comunidade está em crescimento. Hoje muitos franceses, principalmente os jovens, e mais ainda aqueles com curso superior, estão deixando a Europa e se fixando aqui, atraídos pelo bom momento da economia. É importante que nós, eu como deputado, e também a embaixada e o consulado francês no Brasil, olhemos com carinho para estas pessoas. E estamos fazendo isso.
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