Encontro de Culturas une negros, índios, hipsters e “malucos beleza”

Foto Anne Vilela/Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge

São Jorge é longe. De São Paulo foram duas horas de avião até Brasília, e depois mais quatro de carro do Distrito Federal até o município de Alto Paraíso, em Goiás, onde fica a vila de 600 habitantes. Mas a viagem vale a pena.

Além da beleza local, da proximidade com o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e de “que” místico, o vilarejo recebe nesta semana 12º Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que começou no sábado, dia 21, e termina dia 28.

Na quinta-feira, dia da chegada da reportagem da Brasileiros, a cidade já estava tomada há alguns dias pela fuzarca. A Chapada dos Veadeiros é uma amalgama de gentes. Por sua terra passaram e se fixaram, em diferentes períodos históricos, negros quilombolas, brancos atraídos pelo ouro e dezenas de nações indígenas, como os Kalunga e os Yawalapiti. Esta mistura, aliada a relativa distância dos grandes centros do país, possibilitou que a região desenvolvesse uma cultura única e sincrética.

O Encontro Cultural busca valorizar esta mistura e a tradição da região, mas também atraí muita gente alheia àquelas paragens, ganhando ares de Woodstook, com o povo na rua (os organizadores estimam que a população de São Jorge triplique na época da festa, chegando à 1.800 pessoas), muitos descalços no chão de terra vermelha, e tocando violão, e dançando e até jogando xadrez.

A reunião é eclética. Na quinta-feira assistiam ao show dos Catiteiros do Araguaia, grupo de música folclórica de Goiás, índios, hipsters paulistanos, goianienses com chapéu de cowboy, pernambucanos de bigodinho e muitos “malucos beleza”, que tem em Alto Paraíso e na chapada um refugio.

Depois dos Catiteiros, que tocaram por quase três horas, a banda chilena Merkén subiu ao palco e arrancou “viva Chile!”s da plateia, que se entusiasmou com a mistura de ritmos latino americanos dos sete músicos, que passa pela charanga argentina, o tonadi chileno e músicas tradicionais mapuches.

Nesta sexta-feira ocorre a apresentação da opereta O Dia Que Virou Noite, composta por Doroty Marques, uma pedagoga que reside em São Jorge, a sua Turma que Faz, composta por crianças do local. Depois sobem ao palco os brasilienses multi-instrumentistas do Pé do Cerrado.


Comentários

Uma resposta para “Encontro de Culturas une negros, índios, hipsters e “malucos beleza””

  1. Creio que esse texto me descupe mas e horrivel pois eu estava querendo sabe OS ENCONTROS DOS INDIGENAS BRANCOS E NEGROS EM GOIAS e esse assunto nao e nada coerente.

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