Técnico de Zanetti rebate chinês ‘não existe roubo’

As reclamações chinesas de que Arthur Zanetti teria sido supostamente favorecido nos Jogos Olímpicos de Londres chegaram aos ouvidos do treinador do atleta, Marcos Goto. Nesta quinta-feira, dia 9, no retorno de ambos ao Brasil após a conquista da medalha de ouro nas argolas, o técnico rebateu as acusações ao afirmar: “não existe roubo”.

Zanetti fez história na ginástica nacional ao garantir o primeiro pódio para a modalidade em um evento deste nível na última segunda-feira. Ele deixou na segunda colocação o chinês Yibing Chen, tetracampeão mundial e campeão olímpico em Pequim, enquanto que o bronze ficou com o italiano Matteo Morandi.

Treinador do atleta chinês, Huang Yubin não concordou com a avaliação dos juízes. De acordo com o jornal,China Daily, Yubin destacou a rotina sem falhas de Chen precedida por uma aterrissagem um pouco desequilibrada do brasileiro. Ambos os ginastas programaram apresentações com dificuldade 6.8 e, no final, Zanetti recebeu a nota de 15.900, contra 15.800 de Yibing.

Na manhã desta quinta, em entrevista concedida ao lado de Zanetti em um hotel de Guarulhos, Goto minimizou as reclamações. “Não existe roubo, não existe nada. O Arthur competiu na preliminar com uma prova de (dificuldade) 6.500 e tirou 15.616. Ele competiu a classificatória com 6.800 e tirou 15.800. Ele competiu a final por equipes e tirou 15.600, com uma prova de (dificuldade) 6.500. Depois a final, foi uma prova de 6.800, tirou 15.900. Então as provas estão aí, durante as competições no ano o Arthur tirou entre 15.800 e 15.900, é só fazer matemática”, afirmou.

Por causa da estratégia adotada pelo técnico e de um pouco de sorte, Zanetti foi o último ginasta a se apresentar na final, o que era do interesse de Goto – segundo este, ao ver a prova do brasileiro, outro atleta poderia aumentar a dificuldade da própria apresentação, por exemplo. A partir daí, segundo Arthur, foi só fazer o que sempre fez.

“Não fiquei olhando prova de outros atletas”, disse o jovem, 22 anos. “Estava concentrando nas minhas emoções e repassando minha série na cabeça. Então quando eu fui fazer minha prova, não escutei mais nada, não consegui ver mais nada, a série fluiu normalmente e todos os movimentos saíram do jeito que eu queria”.

 


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