Vôlei masculino repete meninas, vence semifinal e luta pelo ouro no domingo

 

Brasileiros comemoram classificação à final

As Olimpíadas de 2012 serão lembradas pela superação das seleções brasileiras de vôlei.  Depois da equipe feminina espantar seus fantasmas para chegar à segunda final seguida, hoje foi o dia da seleção masculina fazer história.

Tratada com desconfiança antes do início do torneio, o time comandado por Bernardinho garantiu nesta sexta-feira, dia 10, sua terceira vaga seguida em uma final Olímpica. O feito é inédito na história do esporte nos Jogos, e foi conquistado em uma vitória maiúscula diante da Itália, por 3sets a 0 (25-21, 25-12 e 25-21).

Brasileiras passam fácil pelo Japão e vão tentar o bicampeonato Olímpico

Agora o Brasil enfrenta a Rússia no domingo, dia 12, para tentar seu terceiro título Olímpico, igualando o número de conquistas dos Estados Unidos e da própria Rússia. Já os russos buscam disparar na contagem de medalhas no esporte, além de ganhar seu primeiro título  olímpico depois do fim da União Soviética, em 1992.

O vôlei brasileiro também pode colocar duas seleções de quadra no topo do pódio pela primeira vez em 32 anos. A última vez que isso aconteceu foi com a União Soviética, em 1980. Os soviéticos já haviam conquistado a proeza em 1968, na segunda edição do vôlei nos jogos.

Sidnei comemora vitória diante de italianos

E todos esses feitos não foram conquistados diante de um adversário qualquer. A Itália é a grande rival história do Brasil no vôlei. Até a partida desta sexta, eram 43 vitórias verde-amarelas e 29 dos europeus em todos os tempos. Os números favoráveis têm uma relação muito forte com a era Bernardinho, que criou uma “freguesia” com os italianos em competições decisivas.

Foi contra eles, por exemplo, que o Brasil foi campeão em Atenas, em 2004. Aquele mesmo torneio presenciou um duelo histórico entre os dois times logo na primeira fase, quando Giba, Ricardinho e companhia ganharam por 3 a 2 em um jogo que foi até o 33º ponto no tie-break.
O JOGO

A Itália, como se esperava, assustou o Brasil no saque, mas morreu no bloqueio rival. Foram “só” três aces no primeiro set, mas muito trabalho para a defesa verde-amarela, que foi bem. No ataque, Bruninho começou até tentou explorar os centrais, mas depois de Sidão ser parado duas vezes ele passou a apostar em Wallace, que entrou na vaga do lesionado Vissotto e brilhou.

Em uma parcial marcada lance a lance, ele virou sete bolas e chegou a ter um índice de acerto superior a 70%. Ciente do perigo, a Itália se perdeu justamente ao tentar marcá-lo, quando abriu espaço para Murilo e Lucão crescerem no jogo, fechando o set em 25 a 21.

Os europeus tentaram se arrumar e pareceram voltar empolgados, mas logo viram o Brasil disparar. Com uma sequência de três saques de Lucão, a seleção abriu 5 a 1 e se tranquilizou. A supremacia na parcial foi tão grande que até Bruninho, que não é dos mais altos do time, fez ponto em um bloqueio simples.

O ginásio aproveitou a empolgação e foi junto com o time. O ápice foi no 19-10, quando Murilo e Serginho salvaram bolas difíceis em sequência e Dante acabou fazendo o ponto de bloqueio. O lance foi a pá de cal nas pretensões da Itália, que perderia de 25 a 12.

No terceiro set, a Itália ensaiou uma reação e voltou a fazer jogo duro. Wallace, bem marcado, caiu muito de rendimento e passou a errar bastante quando acionado. A saída ficou, então, nas mãos de quem vinha pelo meio como Murilo, muito bem atacando atrás da linha de três metros.

Os europeus, a essa altura, sofriam cada vez mais no ataque. Com o bloqueio do Brasil funcionando muito bem, a Itália só acertou cerca de 13% de suas tentativas de ataque em todo o jogo, o que foi fundamental em momentos de decisão. Mais calmo e melhor tecnicamente, a seleção disparou na metade do terceiro set, abriu cinco pontos de vantagem e caminhava para a vitória até o jogo ficou tenso.

Após duas disputas de bola polêmicas, Dante bateu boca com um rival na rede e esquentou o clima. Daí em diante, todos os pontos foram marcados por encaradas e reclamações. Bernardinho chegou a pedir um tempo quando a vantagem caiu para dois pontos, mas a seleção foi firme e fechou em 25 a 21.


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