Brasil e Suécia juntos pela redução da pobreza

Nesta terça-feira, dia 28, os governos do Brasil e da Suécia firmam acordo, denominado Memorando de Entendimento sobre Parceria e Diálogo para o Desenvolvimento Global, destinado a promover ações que levem à redução da pobreza em países em desenvolvimento. O acordo será assinado em Estocolmo (capital sueca), entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e autoridades suecas.

Patriota se reúne com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia (o equivalente a Relações Exteriores no Brasil), Carl Bildt, e o da Cooperação para o Desenvolvimento, Gunilla Carlsson. Na conversa, os chanceleres vão analisar os desdobramentos da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), questões de paz e segurança internacionais e direitos humanos.

Nos últimos cinco anos, o intercâmbio comercial entre o Brasil e a Suécia registrou crescimento médio de 8,1%. Em 2011, o fluxo de comércio superou US$ 2,7 bilhões, registrando aumento de 30,5% em comparação a 2010. De 2001 e 2011, os investimentos suecos no Brasil somaram cerca de US$ 1,1 bilhão.

Patriota fica até quarta-feira, dia 29, na Suécia. Depois, segue para o Senegal (África) e El Salvador (América Central), onde participa da reunião da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), que será aberta ainda nesta terça-feira. Em todas as reuniões, o ministro deve defender a posição do Brasil em favor do desenvolvimento econômico com base nas políticas sociais e na busca pelo diálogo para a obtenção de soluções de paz para os conflitos.

Na segunda-feira, dia 27, Patriota esteve na França, onde conversou com o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que confirmou o apoio do governo francês à campanha do Brasil em favor da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como à candidatura brasileira.

O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 integrantes, dos quais apenas cinco têm assentos permanentes: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Os demais lugares são rotativos e ocupados pelo país por dois anos. O governo brasileiro defende a ampliação para pelo menos 25 vagas no total.

Na reunião, Patriota e Fabius conversaram também sobre a onda de violência na Síria, a crise econômica internacional e o impasse envolvendo o Irã, além de ações estratégicas de proteção e de desenvolvimento na região de fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa e a cooperação em educação, ciência e tecnologia e energia.

No cenário internacional, a França e o Brasil coincidem em algumas posições. Os dois governos defendem a busca pelo diálogo e medidas pacíficas como solução para impasses. Patriota e Fabius reiteraram a necessidade de um cessar-fogo imediato na Síria, onde os conflitos ocorrem há 17 meses e mais de 20 mil pessoas morreram. A oposição exige uma transição política no país e não aceita o atual governo.

Com Agência Brasil


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