Os infiltrados

Na noite dessa quarta-feira, 19 de setembro, o Brasil enfrenta a Argentina em Goiânia, em partida pelo torneio amistoso Superclássico das Américas. No desafio, as duas principais seleções do continente se encaram duas vezes, um jogo no Brasil, e o outro, na semana que vem, na Argentina. O curioso é que, nos dois confrontos, poderão ser convocados apenas atletas que atuam nos dos países, ou seja, craques como Messi, Dí Maria e Pastore pelo lado deles, ou Hulk, Oscar e Thiago Silva pelo nosso, não poderão ser convocados.

Serão brasileiros no Brasil e argentinos na Argentina, certo? Errado! Nossos hermanos chamaram alguns espiões para as duas partidas, os “argentinos brasileiros”, que já misturam o tango com o samba e entendem bastante do futebol brasileiro. Se o jogador brasileiro nunca fez muito sucesso no país vizinho, o oposto não é recíproco, os times nacionais sempre se admiraram com a raça e a classe europeia dos argentinos e sempre apostam no futebol porteño. Na equipe escalada por Alejandro Sabella e que encara hoje o Brasil, quatro jogam por grandes equipes do futebol brasileiro. Conheça-os:

PABLO GUIÑAZU – INTERNACIONAL
Ídolo absoluto da torcida colorada, o volante já está no Brasil há mais de cinco anos, todos eles defendendo o Internacional de Porto Alegre. Aliás, por conta da proximidade geográfica e estilo aguerrido, os gaúchos sempre apostaram em jogadores argentinos.

Guiñazu é o típico volante truculento, nunca tira o pé em uma dividida e se entrega totalmente em qualquer que seja a partida, seja ela um clássico contra o Grêmio ou um amistoso local. Aos 34 anos, o capitão colorado não quer saber de aposentadoria.

 

 

WALTER MONTILLO – CRUZEIRO
O meia-campista Montillo desembarcou na Toca da Raposa em 2010 e pouco depois já se tornou ídolo da torcida. Antes pouco conhecido, o jogador já tinha passado com pouco sucesso pelo San Lorenzo. Depois se destacou em campanha do Universidad do Chile na Libertadores de 2009 e acabou vindo para o Brasil, por recomendação do também argentino Sorín, acabou caindo no Cruzeiro.

Na campanha do vice-campeonato de 2010 do cruzeiro, Montillo foi o grande craque. Ao término do campeonato, acabou recebendo o Troféu Armando Nogueira, dado pela Rede Globo ao melhor jogador jogador do campeonato. Aliás, a premiação foi toda portenha, na segunnda posição ficou D’Alessandro, do Internacional e na terceira Conca, do Fluminense.

Após duas boas temporadas, Montillo despertou a cobiça de duas grandes equipes de São Paulo, o São Paulo e o Corinthians, que cogitaram pagar quantias entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões pelo futebol do meia, que balançou, mas acabou cumprindo a vontade de seu time e continua na equipe celeste.

HERNAN BARCOS – PALMEIRAS
Barcos, ou El Pirata, como a torcida palmeirense o chama carinhosamente, era um mero desconhecido há poucos anos atrás. Hoje com 28 anos de idade, ele começou sua carreira em 2003, no Racing, mas logo virou um tantos “ciganos do futebol”. Rodou pelo Paraguai, Equador, Russia e China. Em 2010, finalmente se firmou na LDU de Quito, que sempre disputa os torneios mais importantes do continente, foi bem e despertou o interesse do Verdão.

No Palmeiras, Barcos caiu nas graças da torcida de cara. Atacante forte, com bom posicionamento e habilidoso, ele foi fundamental na campanha do alviverde campeão da Copa do Brasil 2012, junto com Marcos Assunção.

Aos 28 anos de idade, Barcos não esperava uma convocação para a Seleção Argentina, tanto que já havia dado entrada na papelada que o tornaria cidadão equatoriano para poder jogar pela seleção daquele país quando foi chamado pela primeira vez por Alejandro Sabella.

JUAN MANUEL MARTÍNEZ – CORINTHIANS
Se o Palmeiras tem Barcos, o Corinthians tem Martínez. Contratado pelo Timão em julho desse ano, Martínez é o mais novo da turma dos hermanos no Brasil. Revelado pelo tradional Velez Sársfield, Martínez chegou a ser emprestado e atuou na Colômbia e na Arábia Saudita por um bom tempo. Na volta, acabou sendo finalmente bem aproveitado pelo Velez e se destacou na equipe, principalmente na última Libertadores, vencida justamente pelo Corinthians. Foi esse título que gabaritou o alvinegro, já que Martínez tinha proposta também do santos, mas, nas palavras dele, “queria jogar no atual campeão da Libertadores”. O meia-atacante, fã de Tevez, disse também que fui influenciado pelo zagueiro do Velez e seu amigo pessoal Seba Dominguez, que defendeu a equipe paulista anos atrás.


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