Nas ruas, nas mesas de bar, no café no escritório, as rodas futebolísticas essa semana todas falavam sobre o mesmo assunto: a venda de Paulo Henrique Ganso, que saiu do Santos e foi para o rival São Paulo. O ex-camisa 10 da Vila Belmiro já havia manifestado sua insatisfação no time da baixada há muito tempo, a falta de valorização seria o principal motivo. Com cofre cheio após a venda de Lucas para o Paris Saint Germain, da França, por pouco mais de R$ 110 milhões, o São Paulo foi com tudo para cima de Ganso e após novela que durou mais de 1 mês, acabou concretizando a compra dos 45% do passe do meio-campista que pertencia ao Santos. O total da transferência foi de quase R$ 24 milhões, dos quais o tricolor pagou R$ 16,5 e recebeu a ajuda do grupo DIS, que pagou os outros R$ 7,5 milhões. Assim, o time do Morumbi repassou 13% do passe de Ganso a DIS, que agora tem 68% do jogador, deixando o novo clube com 32%.
A novela e o fato de se tratar de uma transferência entre rivais, despertou a discussão dos torcedores, antes mesmo de Ganso “virar a casaca”, torcedores do Santos já hostilizavam o meia, chegando até a “presentear” o ex-alvinegro com uma chuva de moedas na Vila Belmiro.
Ganso não é o primeiro e nem será o último jogador envolvido nesse tipo de polêmica. Relembre as transferências mais marcantes entre rivais.
BEBETO – do Flamengo para o Vasco
Então com 25 anos de idade, Bebeto era um dos destaques da equipe rubro-negra que mesclava veteranos como Zico com novatos como o próprio e Renato Gaúcho. Em uma equipe vencedora, ninguém previu o que estava por vir, em 1989, quando o Flamengo demorou um pouco para a renovação de contrato, o Vasco foi ligeiro, depositou a multa do atacante e o levou para São Januário, para a fúria dos flamenguistas.
CAFU – do São Paulo para o Palmeiras
O único jogador do planeta a atuar em três finais de Copa do Mundo consecutivas também já foi protagonista de polêmica no futebol paulista. Após cinco anos de tricolor, em 1994, após se consagrar no timaço de Telê Santana, Cafu acabou partindo para o velho continente, mais precisamente para o Zaragoza, da Espanha. Afim de melar um possível olho gordo dos rivais, o São Paulo fez questão de incluir uma cláusula incomum em seu contrato: caso volta-se ao Brasil, não poderia vir diretamente para nenhum dos grandes de São Paulo. Porém, 1 ano depois, em 1995, lá estava Cafu desfilando com a camisa do Palmeiras. Simples, a Parmalat, parceira do Verdão na época, trouxe o jogador e o deixou 1 mês em outro time que patrocinava, o Juventude. Pronto, a cláusula foi cumprida, Cafu não voltou diretamente para um rival. Após carreira meteórica no time de Caxias, duas partidas disputadas, o lateral acabou indo para o Palestra irritando dirigentes e torcedores do São Paulo.
RIVALDO – do Corinthians para o Palmeiras
Cérebro do Carrossel Caipira, como ficou conhecida a equipe do Mogi Mirim de 1992-1993, Rivaldo despertou a atenção do Corinthians, que acabou contratando o jogador por empréstimo, com preferência de compra. Após o final do empréstimo, em 1994, o Corinthians tentou negociar o valor pedido pela equipe do interior, R$ 2,4 milhões. Montando uma verdadeira seleção com o dinheiro da Parmalat, o palmeiras atravessou a negociação e depositou a quantia pedida pelo Mogi, levando o craque Rivaldo.
RICARDINHO – do Corinthians para o São Paulo
Após a Copa de 2002, Ricardinho, então grande craque da nação corintiana, chocou a todos após não renovar com o Timão e, do dia para a noite, aparecer com a camisa do São Paulo. Amparado por um grupo de empresários, o Tricolor pagou a quantia R$ 4 milhões ao Corinthians, então a maior transferência entre clubes brasileiros. Para a alegria dos corintianos, a passagem de Ricardinho pelo São Paulo foi um total fiasco, o meio-campista nunca conseguiu repetir as atuações que o levaram para a Copa do Mundo de 2002.
PITA – do Santos para o São Paulo
Paulo Henrique Ganso não foi o primeiro a subir a serra e trocar o Peixe pelo Tricolor. Então craque e camisa 10 do Santos, em 1985, quando tinha 27 anos, Pita resolveu respirar novos ares e assinou com o São Paulo, que não passava por boa fase e montava equipe nova. Com a camisa 10 do time da capital, Pita viu o surgimento de jóias da base tricolor, Silas, Muller e Sidney, os Menudos, além de outros excelentes jogadores contratados, casos de Dario Pereyra e Careca. Já no ano seguinte de su chegada, Pita foi fundamental no título brasileiro do tricolor em 1986.
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