Reza a lenda que o deus Shiva, durante a construção do mundo, teria cavalgado um touro branco chamado “Nandi”. Buda também teria realizado suas pregações pela Índia montado em um touro branco. Não é à toa que o boi é sagrado no país, que consome apenas carne de búfalo, carneiro e porco. O zebu passeia tranqüilo entre sua gente, que apenas bebe seu leite e usa a sua força para o trabalho. Quando fica velho, vai para um asilo e é alimentando pelo povo das aldeias até que chegue a morte natural.
Os historiadores identificam o touro branco de Shiva e Buda como um nelore, originário da região de Ongole, no sul da Índia, fruto do acasalamento durante séculos entre várias raças do grupo branco-cinza. No mundo, os bovinos estão distribuídos em dois grandes grupos: o taurino, representado pelos bois europeus, e o zebuíno, da Índia, que tem como característica uma corcova no lombo, o cupim ou giba.
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Por sua notável adaptação ao ambiente tropical, em pouco mais de cem anos os zebuínos se espalharam. No Brasil, promoveram uma verdadeira ocupação genética. “Hoje temos o maior rebanho comercial do mundo, cuja potencialidade produtiva não encontra rivalidade em nenhum outro país”, diz um estudo da Embrapa redigido, entre outros, por Arnaldo Borges, o Arnaldinho.
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