Na edição desse domingo, 11 de novembro, o jornal Estado de São Paulo publica uma grave denúncia contra o Programa Segundo Tempo, desenvolvido pelo Ministério do Esporte e voltado para atender crianças em atividades extra-escolares. A matéria apresenta João Batista Vieira Machado dono da JJ Logística Empresarial Ltda., empresa que, segundo o próprio, foi usada para que políticos desviassem verbas públicas.
Segundo documentos apresentados pelo empresário, dos R$ 4,65 milhões cedidos pelo governo para o programa, que deveriam ser revertidos para a compra de alimentos para as crianças, 90% acabou sendo repassado para políticos de Brasília, Santa Catarina e Rio de Janeiro, na grande maioria do PC do B, partido que comanda o Instituto Contato, entidade sem fins lucrativos responsável por contratar a JJ Logística Empresarial Ltda para ser a prestadora de serviços do Programa Segundo Tempo. Quando perguntado o nome dos políticos que faziam parte do esquema, Machado disse não saber exatamente quem eram eles.
O jornalista Alfredo Junqueira, autor da reportagem, relata os documentos que teve acesso, onde, entre outras coisas, mostra que a verba cedida para o Programa Segundo Tempo acabou sendo usado para pagar contas de um condomínio em Cabo Frio, reparos em carros em oficinas mecânicas, materiais de construção e mais.
Perguntado sobre os motivos pelos quais veio a público, João Batista Vieira Machado disse temer por sua segurança. Laranja no esquema, o dono da JJ Logística Empresarial Ltda sabe que pode se complicar nas investigações, mas mesmo assim preferiu falar, já que, em suas palavras, teme acabar levando um tiro.
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