Nos seis painéis desta sexta-feira, dia 17, na FLIPORTO, foram discutidos temas diversos e o evento reuniu menos público do que no dia da abertura com show de Maria Bethânia. Na primeira apresentação, esteve em discussão o compartilhamento da informação em várias plataformas. Robert Darnton (historiador e professor americano), Cory Doctorow (escritor, ativista e blogueiro canadense) e Silvio Meira (pesquisador brasileiro) trocaram ideias sobre o passado, presente e o futuro de publicações: livros e outros formatos.
Os impactos da cultura de massa, da predominância dos Estados Unidos e da importância da preservação da cultura popular foram debatidos no segundo painel por Frédéric Martel e Silio Boccanera. Autor de “Mainstream”, livro lançado na feira, Martel ressaltou que as novas tecnologias podem ser aliadas da preservação e disseminação cultural. Martel é doutor em sociologia, pesquisador, jornalista, professor e apresentador do principal programa de informação da Radio France sobre as indústrias criativas e os meios de comunicação.
Shakespeare e Sófocles
À tarde, João Cezar de Castro Rocha (ensaísta, critico e professor) e Lawrence de Flores Pereira (poeta e tradutor) comentaram a relação entre as peças de dois autores clássicos, Shakespeare e Sófocles. Kathrin Rosenfield fez a mediação da conversa. O teatro também foi o tema da apresentação de Betty Milan, dramaturga e psicanalista, que falou sobre a relação entre os dois universos, tomando como base principal obras de Shakespeare. Na sequência, foi apresentada a peça A Vida é um Teatro, com o Grupo Vozes, formado por três atores, que narra, de maneira bem humorada, situações afetivas conflituosas.
A relação entre o messianismo e a crise e com a tradição portuguesa e brasileira foi o mote do encontro entre o escritor brasileiro Ariano Suassuna e o autor português Almeida Faria, criador de O Conquistador, que reconta o mito de Dom Sebastião, rei de Portugal.
O último painel reuniu os cineastas Braz Chediak e Neville de Almeida, além de Nelson Rodrigues Filho, que estreia como diretor teatral com a peça “Momentos – Beijos de Nelson Rodrigues”, com a atriz Lucélia Santos. No encontro, eles falaram sobre a presença da obra de Nelson Rodrigues, o homenageado do evento, no cinema.
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