Foto Reprodução
Ex-prefeito de São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf terá que devolver US$ 28,3 milhões aos cofres da prefeitura da cidade. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, dia 18, pela Corte de Jersey, que obriga as empresas offshores ligadas a Maluf a devolverem a verba ao município.
Além da devolução, o ex-prefeito também terá que arcar com US$ 4,5 milhões referentes aos honorários dos advogados que o defendem no processo. As informações são do blog do jornalista Jamil Chade, repórter do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novembro do ano passado a corte do país constatou que o ex-prefeito havia usado empresas ligadas à sua família para desviar dinheiro de obras públicas da cidade. Originalmente calculado em US$ 10 milhões, mas que será recalculado com juros, correções e multas. As empresas condenadas recorreram, e a decisão final deve sair em março.
O valor está atualmente bloqueado na ilha britânica, e a maior parte é composta por ações da Eucatex, empresa pertencente à família de Maluf. Uma das obras acusadas de ter sido usada para desvio de verbas foi a construção da avenida Águas Espraiadas, hoje Roberto Marinho.
O ex-prefeito e seu filho Flávio são apontados como beneficiados dos esquemas, onde 20% da verba destinada à obra teria sido desviada.
A corte também acusa Maluf a ter pago US$ 10,5 milhões a mais para a construtora Mendes Júnior por meio de notas frias. Segundo o jornalista, o dinheiro teria sido repassado a Nova York, e de lá depositado em nome das empresas de Maluf na ilha de Jersey.
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