Você acredita no Brasil?

“ Eu acredito no País porque acredito no povo. Comparando o Brasil de hoje com o de alguns anos atrás, as coisas estão mudando muito, melhorando muito. Desde o governo Lula e agora com a Dilma. E como eu acredito nessa linha de ação, e também em todo o processo de educação do povo – que tem participado muito mais –, acho que a gente fica com mais fé. Sou otimista. E se você olha do tempo da ditadura militar para cá então, há uma mudança total. Agora, para mudar, as coisas precisam acontecer no dia a dia, com maior organização, participação, com os governantes agindo. Ninguém pode dizer que está tudo perfeito, mas até o Parlamento tem melhorado sua atuação, apesar de uma parte ruim dele. Como fazer para melhorar mais? Quanto mais o povo for organizado e puder intervir no processo político brasileiro, mais fácil será a mudança. E é preciso também mostrar para as pessoas como era antes, e como é hoje. A Comissão da Verdade é muito importante nesse sentido. ”
Clara Charf, 87, conselheira emérita do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e presidenta da Associação Mulheres pela Paz, São Paulo

“ Não sei se acredito muito. Na minha área pelo menos, comércio de rua, as coisas estão difíceis. Eu tenho um sebo há sete anos e já foi muito melhor como negócio. Mas aí também não tem a ver necessariamente com o País, porque o ramo de livros mudou em todo o mundo com a internet, a entrada dos e-books… Quanto à política, acho que estão julgando mais casos de corrupção, que antes ficavam mais escondidos. Mas não sei se isso significa que exista mais combate ou se, na verdade, é sinal de que exista mais roubalheira.”
Rogério Akira Hasegawa, 42, comerciante, São Paulo

“ Sim, nós precisamos acreditar no nosso País. Não são os outros que vão acreditar. Agora, é difícil dizer se a vida melhorou ou não, acho que está parecida. Mas acredito que exista um pouco mais de oportunidades de emprego, por exemplo. E a gente espera que as coisas ainda melhorem muito, mas não sei dizer se estamos escolhendo os políticos certos. Você escolhe um, acredita que ele será bom e, de repente, tem mais uma decepção.”
Guilherme Ribeiro dos Santos, 62, manobrista, São Paulo


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