Foto divulgação
Não se trata de medir a felicidade individual dos brasileiros, mas de mensurar o nível de bem-estar subjetivo da população. Esse é o objetivo do Well Being Brazil (Índice de Bem-Estar Brasil) novo indicador criado por pesquisadores da FGV junto ao MyFunCity (rede social) e ao movimento Mais Feliz, que pretende inovar no conhecimento da área.
A partir da coleta de dados por todo o país, por meio de um questionário detalhado que poderá ser respondido a partir de abril, o grupo pretende traçar um índice que fale do bem-estar dos cidadãos nas localidades que habitam. “O índice tem como base as demandas, anseios e modos de vida das pessoas, o que permita uma análise de maneira profunda”, explica o professor Fábio Gallo Garcia, um dos criadores do projeto.
Os indicadores tomados como base são: clima e atividades ao ar livre, transporte e mobilidade, família, redes de relacionamento, profissão e dinheiro, educação, governo, saúde, segurança e consumo. A partir deles, poderá se medir a satisfação dos habitantes de forma detalhada, até mesmo no nível do bairro ou da própria rua.
Os objetivos básicos, ao se verificar quais variáveis influenciam o estado de bem-estar das pessoas, vão desde criar um banco de dados para pesquisas acadêmicas até ajudar na geração de políticas públicas e privadas. O professor Wesley Mendes da Silva, outro criador de WBB, ressalta que não se trata da replicação de nenhum índice internacional. “Nossa intenção também não é a comparação do Brasil com qualquer outro país. A ideia é aprofundar nosso conhecimento acerca de Brasil.”
A primeira fase do trabalho incluirá a reunião de dados de pessoas de todas as classes sociais e regiões. Depois, serão feitas audiências públicas em dez cidades para divulgar as informações e reunir sugestões e críticas. Na terceira etapa, por fim, haverá a conclusão e apresentação do primeiro indicador. Se der certo, a pesquisa deve ser feita periodicamente, provavelmente a cada ano.
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