SP-Arte reúne principais galerias do mundo

Fotos Luiza Sigulem

Pavilhão da Bienal

“Quanto é esse?”, pergunta uma mulher em um estande da sp-arte, apontando para um quadro. “Dois”, reponde o funcionário. “E esse?”, segue ela, apontando para uma escultura. “Seis e meio”. Não se trata da casa dos mil, nem de reais. Trata-se de milhões, e de dólares.

Esse diálogo, ocorrido nesta quarta-feira, no primeiro dia da nona edição da feira de arte, deverá ocorrer muitas outras vezes no Pavilhão da Bienal até o domingo. Pois é a primeira vez na história da feira que as cinco maiores e mais poderosas galerias de arte do mundo se reúnem na feira paulistana. E elas chegam com obras de peso.

No estande da estrangeira Pace, por exemplo, onde ocorreu a cena descrita acima, estão expostas obras de Mark Rothko e Alexander Calder. As outras quatro grandes, Gagosian, White Cube, David Zwirner e Hauser & Wirth, todas com espaços no segundo piso, trazem ainda obras de Pablo Picasso, Andy Warhol, Damien Hirst e outros nomes consagrados.

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Uma volta pelo primeiro piso do Pavilhão não impressiona menos. O estande da galeria Van de Weghe, outra das gigantes na feira, reúne obras de Picasso (uma delas sendo vendida a U$$ 1 milhão), de Salvador Dali e Gerhard Richter. Em espaços vizinhos avista-se quadros dos estrangeiros e brasileiros, como Marc Chagall, Richard Serra e Torres Garcia, Di Cavalcanti, Lasar Segall, Candido Portinari, Alfredo Volpi, Helio Oiticica e Mira Schendel.

Desse modo, apesar do caráter comercial do evento – que em nada se assemelha  a uma exposição de museu –, a feira não deixa de ser uma grande oportunidade para os apreciadores da boa arte verem de perto obras de alguns dos mais importantes nomes da arte moderna e contemporânea. Se não há verba no bolso para levar nada para casa, pode-se desembolsar os R$ 30 reais de entrada para passear pelo Pavilhão.

Mas não é apenas de grandes galerias e de artistas consagrados que vive a feira. Ao todo, 122 galerias se reúnem no Pavilhão, com obras de centenas de artistas menos conhecidos ou jovens apostas. Os preços também não orbitam sempre na casa dos milhões, e quem procurar vai achar muitas coisas a valores mais acessíveis.

A Arte!Brasileiros está presente na sp-arte com um estande na rampa do 1o piso. O pavilhão fica aberto na 5a e na 6a, das 14h às 22h, e no sábado e no domingo, das 12h às 20h.

Veja quem esteve por lá

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