Esse é o mote de Arismar do Espírito Santo, um músico de 51 anos nascido em Santos e desenvolvido em São Paulo. Literalmente. Com um porte que lembra o de Tim Maia, só que branco e saudável, Arismar domina com maestria contrabaixo de quatro, cinco e seis cordas, piano, bateria, violão de seis e sete cordas, guitarra. Toca. Tem de tocar. Recebeu Brasileiros em sua casa na zona oeste de São Paulo.
Chinelão, um monte de instrumentos na sala, dois cachorrões que tiveram de ser confinados por excesso de amabilidade, a mulher, Eni, que colocou a filha do casal, Maria Julia, para dormir. E Arismar falou. Ou melhor, solou, no melhor estilo. Estava animado porque tinha acabado de chegar do Uruguai, do Festival Brasil en La Pataia, em Punta del Leste, onde tocou com Amilson Godoy, o Tuca, velho amigo, na mesma noite de Roberto Menescal e Wanda Sá. Já deu para perceber qual o tom do festival. Sim, 50 Años de la Bossa Nova. O repertório de Tuca e Arismar? Coisas que sempre tocaram juntos, dois ou três hits da bossa nova, depois a canja com Menescal e Wanda. Tocaram sem pensar. Quem abriu a noite foi o quinteto de Urbano Moraes – nas quatro noites do festival, que incluiu o Jobim Trio, o quarteto de Christianne Neves e Lenine com sua banda, a abertura ficou por conta de grupos locais.
E Arismar falou
Falou desde o imbróglio para embarcar, porque “estava faltando uma peça no avião e fomos desviados para Buenos Aires e Montevid