Apesar de ser um fã de Brasileiros e de perceber dezenas de pontos positivos em contraste com raros pontos negativos, não posso deixar de expressar minha insatisfação em dois seguintes pontos:
Decepcionante a entrevista do presidente Lula feita por Ricardo Kotscho (edição 6). Se a proposta era promover uma ‘propaganda oficial do governo’, versão impressa, Kotscho conseguiu. Não li perguntas que fizessem Lula fugir do discurso que despeja em cima de dezenas de milhões de brasileiros todos os dias nos diversos meios. Não vi Lula falando coisas que não falaria num ‘comunicado oficial’. Vi apenas o velho discurso nacionalista e ultra-otimista de sempre, que omite, convenientemente, certa face do fato, iludindo, desse modo, o povo.
Esse segundo ponto é o primordial, que me levou a escrever essa mensagem: Hélio Campos Mello escreveu em seu primeiro editorial que Brasileiros não seria ufanista, mas não deixaria de escrever com paixão pelo País. Essa paixão pode, felizmente, ser percebida com facilidade. Infelizmente, certo ufanismo também. Digo isso baseado em matérias como ‘2008: Um Ano Promissor’, ‘Bolsos Cheios Engordam o Natal’ (edição 6) e ‘A Nova Classe Média’ (edição 4) (…)
Sem dúvida a Brasileiros não é alarmista e pessimista como outras publicações que insistem em colocar o Brasil pra baixo. É uma característica muito positiva da revista. Mas creio que essa paixão não pode dar vazão a uma visão extremamente idealista e romântica do País. Acredito no Brasil, sim. E só tal crença poderá trazer aquele tão aclamado futuro para nosso presente. Antes o otimismo e a esperança do que o pessimismo. Mas essa esperança não pode se deixar cegar e ter seu senso crítico ceifado pelo ufanismo.
Continuem com esse ótimo trabalho! Sucesso à equipe de Brasileiros.”
Guilherme Dearo, estudante de jornalismo

“A chegada de Brasileiros, que eu acompanho desde a primeira edição, encheu meu coração de alegria, de um alento que eu buscava desde os bancos da faculdade, quando meus professores, francos e comprometidos, nos traziam a realidade dessa profissão da melhor forma que podiam e nos faziam analisar todo tipo de mídia da forma mais crítica possível.
(…) Meu sonho era ter a minha própria revista, que eu pensava chamar de Patriota. Mas, com as antenas ligadas, percebi que esse termo não é bem visto no Brasil, pois as pessoas dão a ele uma conotação militar. (…)Essa revista seria do jeitinho que é a Brasileiros, com histórias reais, de gente real e de vida real, a vida da maioria. De histórias que, como vocês dizem, valem a pena ser contadas. (…) Depois, comecei a sonhar com outra revista, que eu chamaria de Submundo (você acha violento demais esse nome?). Essa revista teria a mesma essência da anterior, só que o objetivo maior era mostrar o lado bom e os talentos presentes no submundo, ou do que a classe média alta e alta consideram o submundo e que, para mim e a maioria dos brasileiros é a vida real. (…) Desculpe o longo e-mail, eu apenas abri parte do meu coração para tentar passar a gratidão que sinto por terem criado uma revista que me faz acreditar no meu País, no meu povo e em mim mesma. A revista que eu sempre imaginei.”
Aliz Castro Lambiazzi

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