O São Paulo é realmente um time diferenciado, como sempre gostou de berrar seu folclórico presidente Juvenal Juvêncio, Juju para os íntimos.
Só no São Paulo o presidente pode ser reeleito mais de uma vez. Só no São Paulo o estatuto pode ser modificado, fazendo com que o mandato passe, de dois anos, para três anos. Só no São Paulo jogador é “arrancado” da concentração por dirigente na véspera de um jogo decisivo. Só o São Paulo dispensa atleta que seis meses depois vira jogador de seleção. Só no São Paulo um profissional é afastado pela noite e vira titular absoluto na manhã seguinte…
Melhor parar por aqui, se continuarmos apontando alguns dos erros que transformaram o São Paulo, o melhor clube brasileiro da década passada, na piada nacional, o texto vai longe…
Na noite da última quarta-feira, 17 de julho, mais uma derrota, dessa vez por 2 a 0 para o maior rival, o Corinthians, decretou de vez o estado de calamidade no clube. O jogo valia o título da Recopa Sul-Americana, competição que coloca frente a frente os últimos campeões da Libertadores, o Corinthians, e da Sul-Americana, o São Paulo.
Mais do que a derrota por 2 a 0, o que ficou claro em campo foi a evidente superioridade da equipe alvinegra, e isso nem precisando mostrar o futebol que o sagrou campeão do mundo no ano passado. Aliás, isso virou frequente nas partidas do São Paulo, derrotas categóricas e merecidas, com a equipe sendo completamente dominada por seus oponentes.
Com mais um resultado adverso, o São Paulo acumula 9 jogos sem uma vitória e 6 derrotas consecutivas, fato que não acontecia desde 1936… Vale lembrar que o clube foi fundado em 1935. Será que estamos presenciando o surgimento de um novo “Faz-Me-Rir”?
A torcida, que sempre teve um ar superior, até uma certa arrogância, não sabe mais onde se esconder e já admite que, se muita coisa não mudar de imediato, o pior ainda está por vir.
Sim, o maior craque do time, o M1TO Rogério Ceni, não é mais um menino. Sim, o matador Luis Fabiano é emocionalmente desequilibrado. Sim, o elenco como um todo é tecnicamente insuficiente. Mas tenha a certeza, o momento vivido pelo time não é culpa dos 11 jogadores que entram em campo a cada dia e mancham mais suas carreiras, muito menos dos reservas ou do coitado do Paulo Autuori, que pegou a barca afundando sem saber onde estava amarrando seu burrinho… O buraco é mais embaixo… Desculpe, o buraco é mais em cima, o buraco é muito mais em cima!
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