Nicolelis se destaca em conferência sobre Crowdsourcing

O neurocientista Miguel Nicolelis

Nos dias 23 e 24 de julho (terça e quarta-feira), foi realizada em São Paulo a terceira edição da Conferência Internacional de Crowdsourcing, evento especializado em cocriação e colaboração que reuniu profissionais renomados de diversas áreas – entre eles executivos,  investidores,  líderes de governo e empreendedores. Realizada pela Mutopo e apresentada pela FecomercioSP, a conferência teve apoio de mídia da Brasileiros.

Segundo a produtora Marina Miranda, as palestras e discussões buscaram mostrar todos os benefícios da aplicação da prática do crowdsourcing tanto em pequenas e médias empresas como em grandes companhias. “A ideia da colaboração em massa é completamente viável para muitos empreendedores no mundo atual”, disse ela, sobre o modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários para resolver problemas.

Miguel Nicolelis

Além de palestras de importantes nomes internacionais – como John Winsor, Don Tapscott e Shaun Abrahamson –, o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, colaborador da Brasileiros, foi um dos destaques do evento. Ele falou detalhadamente sobre suas mais recentes pesquisas nos campos da Interface Cérebro-Máquina e Interface Cérebro-Cérebro (que resultaram no conceito de Brainet, tema de recente reportagem da INOVAÇÃO!Brasileiros. Leia aqui).

Nicolelis deu também um rápido panorama sobre a situação do Brasil no que se refere à pesquisa e inovação, em comparação ao quadro global. Ele ressaltou que o PIB de Ciência e Tecnologia do mundo é da ordem de US$ 1,5 trilhão, sendo que China e EUA juntos respondem por mais de 60% do total.

“O investimento do Brasil hoje em Ciência e Tecnologia é de 1,2% do nosso PIB; metade do que é se vê na Coreia do Sul. Nossa produção científica representa 2.3% do total do mundo”, disse ele, ressaltando a necessidade de melhorar este quadro. “Ciência não é conversa de intelectuais na mesa de bar, é questão de soberania nacional, de sobrevivência de uma cultura e sociedade”, concluiu.


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