No Brasil para lançar o livro “Cada Homem É uma Raça”, o escritor moçambicano Mia Couto palestrou nesta terça-feira, dia 20, na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo, e em seguida falou com exclusividade a Brasileiros (veja vídeo abaixo). Um dos mais reconhecidos autores da atualidade, com 23 livros lançados, Couto foi agraciado este ano com o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa. Apesar disso, afirma que mais importante que os autores são os próprios livros, e esses sim deveriam ser premiados.
“Cada Homem É uma Raça”, que reúne 11 contos, foi publicado em 1990 em Moçambique, e chega agora ao Brasil com edição da Companhia das Letras. Para o autor, é um livro que resistiu ao tempo, e que fala sobre questões ainda atuais. Com a obra, Couto será um dos destaques da 16ª Bienal do Livro do Rio, que acontece no fim do mês.
Na palestra na Fábrica de Cultura, para um público de todas as idades e variadas classes sociais, o escritor arrancou risadas e aplausos da plateia, falou sobre seu processo criativo e sobre a relação entre Brasil e África. Para ele, os brasileiros ainda sabem muito pouco sobre o continente africano e sua enorme diversidade, mas o interesse no continente aumentou nos últimos anos. Ele ressaltou também a influência que a música e a poesia brasileiras tiveram em sua formação, através de nomes como Chico Buarque e Caetano Veloso.
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