Te vi no Tinder

Já ouviu falar no aplicativo Tinder? Se não, pode ter certeza que ainda vai ouvir.

Trata-se da mais nova mania dos smartphones, uma ferramenta genialmente simples para se conhecer pessoas. Através do serviço de geo-localização, o Tinder encontra pessoas que estão em um raio próximo ao seu e te mostra uma foto. As fotos passam aleatórias, porém, de pessoas que estão geograficamente próximas, ou seja, se você viu alguém e se interessou, muito provavelmente, quando esse alguém se conectar, sua foto também vai passar na busca dele.

Gostou? Curta. Não gostou? passe. Caso ocorra a “curtida mutua”, o “match” o app automaticamente joga o “novo casal” para um bate-papo, onde eles poderão conversar, se conhecer melhor e, por que não, marcar de se encontrar? E caso você tenha curtido uma foto de alguma pessoa, ela só vai saber se também te curtir.

É possível especificar sua busca por idade, sexo, distância… No Tinder, tem pra todo mundo! 

Realidade nos EUA, o aplicativo, desenvolvido e com sede em Nova York, está começando e entrar com mais força no Brasil e, aos poucos, vai derrubando os preconceitos daqueles que o consideram muito superficial. Conversamos com o sócio-fundador Justin Mateen para aprender a brincar melhor com a novidade.

Brasileiros – Quando e como surgiu a ideia do aplicativo?
Justin Mateen – Antes do Tinder existir, haviam várias redes sociais que te conectavam de forma muito eficiente com as pessoas que você já conhecia, mas não tinha uma plataforma eficiente para te ajudar a conhecer novas pessoas. Foi aí que veio a ideia do Tinder, pensamos por muito tempo, desenvolvemos e lançamos em outubro do ano passado.

Brasileiros – O aplicativo tem sido um sucesso desde que foi lançado. Você esperava a rápida adesão?
J. M. – Nós esperávamos que ele decolasse sim, mas os números que estão alcançando estão surpreendendo.

Brasileiros – Como estão esses números, exatamente?
J. M. – Hoje estimamos que 100 milhões de perfis sejam analisados por dia através do Tinder no mundo, o número de pares que formamos diariamente já alcançou a marca dos 2 milhões. No Brasil o crescimento tem sido absurdo, cerca de 10% por dia.

Brasileiros – Como você vê o Brasil no crescimento do Tinder?
J. M. – A cultura brasileira é maravilhosa e encaixa perfeitamente na visão que nós temos para o futuro do Tinder.

Brasileiros – Algumas pessoas que vão contra o Tinder, acusam o aplicativo de incitar a parte mais superficial do relacionamento e do ser humano. O que você acha disso?
J. M. – O Tinder simula a forma como o mundo real funciona. Quando você conhece alguém em um café, a primeira coisa que vai reparar é na aparência física, ou você se atrai pela pessoa ou não. Após começar a conversar, só aí que vem a procurar pelos interesses em comum, amigos, laços que possam gerar confiança entre as duas pessoas. É exatamente o que acontece n Tinder! Na verdade, o Tinder é até mais honesto que muitas outras formas de se conhecer pessoas, nós puxamos os dados do Facebook de cada usuário e analisamos sinais explícitos e implícitos para determinar quem vamos recomendar pra cada um.

Brasileiros –  Não sei como funciona nos Estados Unidos, mas aqui no Brasil, algumas pessoas ainda ficam um pouco receosas de serem vistas por conhecidos no Tinder. Você acha que essa imagem pode ser mudada?
J. M. – Com certeza! Nos Estados Unidos e em outros países que já nos estabelecemos, temos celebridades bem famosas, modelos, esportistas, que usam o aplicativo para conhecer gente de forma mais eficaz. A Miss América está no Tinder!

Brasileiros – Você criou o aplicativo para gerar novos relacionamentos, porém, ironicamente, o tinder acaba também sendo motivo de muitos términos de namoro. Como você vê isso?
J. M. – Tudo que fazemos é facilitar o encontro entre duas pessoas… O que as pessoas decidem fazer com essa ferramenta, não cabe a nós.

Brasileiros – Falando da questão da segurança, se, por exemplo, um homem sai com uma menina, eles se conheceram através do Tinder. O encontro acaba sendo horrível e ele trata ela muito mal. Ele será banido?
J. M. – Estamos no processo de adicionar uma seção  onde um usuário, caso queira, possa escrever algo sobre algum outro usuário.

Brasileiros – Você usa o Tinder diariamente?
J. M. – Muito! Mas tivemos que criar uma nova regra na empresa: todos estão proibidos de usar o Tinder no expediente a não ser que seja para testes da ferramenta.


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