Fotos divulgação
Para criar sua mais nova exposição, Branco de Si, a artista plástica Silvia Mecozzi se baseou em duas partes bastante expressivas do corpo humano: a palma da mão e o coração. A partir da primeira, Mecozzi produziu uma instalação de 3 metros de diâmetro no piso, com placas de mármore nas quais estão esculpidas as linhas da palma e as “planícies e depressões” da mão. O coração, por sua vez, inspirou a escultura NUT, com 70 cm, também feita em mármore esculpido.
A escolha da pedra para tratar de partes do corpo humano não foi por acaso, como explica a artista: “O mármore é matéria da natureza. Inclusive, seu mais importante componente, o carbonato de cálcio, é componente de nossos ossos e de conchas do mar. Não é a toa que foi utilizado por tantos séculos nas artes do ocidente”. Além dos significados simbólicos, Mecozzi ressalta também a importância da plasticidade do material, que “depois de muito ser lixado, revela uma pele, com suas marcas singulares”.
“As mãos me atraíram pela linhas. (…) O coração é o órgao que representa o afeto”, diz ela sobre as obras. A exposição dá continuidade às pesquisas desenvolvidas pela artista nos últimos anos, e faz parte de um projeto maior intitulado Deserto das (p)almas, que será exposto no próximo ano. Vídeo, fotografias e um livro, todos já em processo de criação, farão parte do trabalho final.
A mostra está em cartaz na Galeria Raquel Arnaud, e é a primeira individual de Mecozzi na cidade desde 2005, quando expôs na Pinacoteca. Nascida em 1956, a artista estudou com Carlos Fajardo e Sergio Fingermann e foi assistente de Luiz Paulo Baravelli. Recebeu em 1994 o Prêmio Revelação de Pintura da Associação Paulista de Críticos de Arte e participou nos anos seguintes de importantes exposições no Brasil e no exterior.
Branco de Si – Silvia Mecozzi
Onde: Galeria Raquel Arnaud (rua Fidalga, 125, Vila Madalena)
De seg. a sex., das 10h às 19h, Sab., das 12h às 16h; até 14/9
Deixe um comentário