Paisagens que resistem a ocupação moderna. Animais e os detalhes de sua anatomia. Povos originários e a sua cultura. Focas, zebras, cachoeiras. Esta é a temática de Genesis, nova mostra do grande fotógrafo Sebastião Salgado, em cartaz no Sesc Belenzinho até o dia 1º de dezembro.
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Produzidas entre 2004 e 2011, as 245 imagens são divididas em cinco seções geográficas. O ambiente natural é retratado todo em preto e branco. A abertura mundial da exposição aconteceu no National History Museum de Londres, em 9 de abril deste ano e ontem (5) chegou a São Paulo, no Sesc Belenzinho (zona leste). “Genesis, para mim, fecha um ciclo de histórias. Eu só aprendi o que aprendi para fazer Genesis no fim”, afirmou o fotógrafo em coletiva de imprensa na terça-feira (3).
Para concluir o projeto, o fotógrafo fez mais de 30 viagens a diversas regiões do planeta, sendo que a maioria tinha difícil acesso. Chegando aos locais por barco, pequenos aviões e até canoa, Salgado vivenciou situações inóspitas e teve que encarar desde o frio da Antártica até o sol escaldante de desertos africanos.
Em sabatina promovida pela Folha de S.Paulo, Salgado conta que durante essas viagens que ele se rendeu ao digital. “Cheguei a carregar até 600 filmes numa mala que pesava 28 quilos (…) Hoje carrego 800 gramas de cartões de memória digital, que equivalem a 600 filmes”, disse.
Representando o Brasil na exposição, a Amazônia e o Pantanal foram registrados no trabalho, em ângulos nunca antes fotografados. Pequenas tribos que ainda resistem quase sem contato com a civilização também foram alcançadas pelas lentes de Salgado.
A mostra é o terceiro trabalho de longa duração em questões globais de Salgado, sucedendo “Trabalhadores” (1986-1992) e “Êxodos” (1994-1999) e fazem parte do livro homônimo lançado este ano pela editora Taschen.
Serviço
“Gênesis” – Sebastião Salgado – Até 1º de dezembro
Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000
Terça a sábado, das 10h às 21h.
Domingos e feriados, das 10h às 19h30.
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