Especial mobilidade: pequenos casos sobre duas rodas

No mês da mobilidade, a edição 74 da Brasileiros, que já está nas bancas, traz um especial sobre bicicletas, com perfis, reportagens e análises, com o intuito de refletir, debater e promover ações para melhorar a mobilidade urbana (leia aqui a apresentação). Para quem se interessa pelo assunto, a Rede Nossa São Paulo realiza uma série de atividades durante a semana que marca o Dia Mundial Sem Carro (22 de setembro). Leia aqui.

Durante os próximos dias, a partir desta segunda-feira, dia 16, a Brasileiros publica pequenos casos sobre duas rodas. As personagens de hoje são Diana Assennatto e Wladia Viviani:

Luiza Sigulem
A ciclista Diana Assennato


Ladrão de bicicleta
Já faz algum tempo que a empresária Diana Assennato, 30 anos, se recusa a andar de carro pelas ruas de São Paulo. Prefere sair por aí de bike, montada em uma speedy Remy cor-de-rosa, modelo do final da década de 1970, comprada em Berlim no ano passado. Em uma noite de junho último, durante uma festa no bairro de Moema, a magrela de Diana foi furtada com trava e tudo. Ela chegou a acionar a polícia, mas não adiantou nada. No entanto, uma mensagem e uma foto publicadas por Diana na página do evento no Facebook foi a salvação. “Fiquei sabendo por um amigo que o ‘ladrão’ tinha bebido muito naquela noite. Depois, ficou arrependido de ter levado a minha bike. Nem sei quem é o cara”, ela diz. A bicicleta cheia de estilo foi devolvida por um amigo do larápio em uma estação do Metrô de São Paulo.

Camila Picolo
A ciclista Wladia Viviani

Profissão: bike girl
Italiana de Florença, paulistana por escolha, pianista erudita e pós-doutorada em Química, Wladia Viviani transformou o que era diversão em profissão e ainda engordou o orçamento doméstico. Bike girl desde junho de 2012 na Carbono Zero, empresa que faz entregas na capital paulistana só com o uso de bicicletas, Vivi, como prefere ser chamada, é uma dos 20 profissionais da casa. Usa uma mountain bike aro 26. Os embates com o trânsito e o risco de acidentes são recompensados, ela diz, pela adrenalina – em um ano e meio, sofreu um único desastre, quando topou com a porta de um veículo se abrindo de repente. Mas curioso mesmo é sentir a reação dos destinatários ao encontrá-la com a encomenda. “Muita gente me recebe com surpresa e faz perguntas como ‘Não é cansativo?’, ‘Não é arriscado?’, ‘Você é maluca de atravessar a cidade pedalando?’. Explico que, para nós, tudo isso é um grande prazer.” Para o próximo ano, Vivi tem uma meta: começar a participar de competições de velocidade. Para ela, as rodas não param de girar.
 

Assista também a videorreportagem de Camila Picolo: 

 


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