Sequestrador do embaixador americano diz que luta armada foi um erro

Está prestes a ser lançado um livro fadado a provocar celeuma e discussões na esquerda brasileira. Em “Gracias a la vida – Memórias de um Militante”, Cid Queiroz Benjamin reconstitui, em bom português, a época em que, na faixa dos vinte anos, ele e alguns amigos, tais como Franklin Martins e Fernando Gabeira  tornaram-se, em 1968, os mais conhecidos e perseguidos guerrilheiros urbanos ao sequestrarem o embaixador americano no Brasil, Charles Elbrick. Ele não se arrepende do que fez. Ao contrário, reforça que faria tudo de novo. Mas de modo diferente. “A luta armada foi um erro” escreve ele. Fundador do PT, conta com entusiasmo a campanha de Lula à presidência da República em 1989, da qual participou ativamente. Mas não esconde seu desconforto com episódios que descreve em detalhes. A expulsão de Paulo de Tarso Wenceslau do PT por descobrir fraudes em licitações em várias prefeituras. E a misteriosa morte de Celso Daniel que ele investigou como repórter do Jornal do Brasil. Os dois episódios o afastaram do partido. Cid critica duramente petistas que viraram lobistas de milionários e de multinacionais, tais como José Dirceu. Protesta contra as alianças do governo Dilma com partidos conservadores e principalmente com as igrejas evangélicas. Vamos ver o que os petistas dirão quando livro sair.


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